segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Algumas boas notícias...

E não é que a Emília anda trazendo boas notícias?

A primeira é essa: CHEGOU MEU PRESENTE DE AMIGO OCULTO!! Êeeeeeeeeeeeee!!! Eu AMEI!! Quem me tirou foi ao João Astronauta, como a Flá já tinha anunciado no blog dela. Gente, vocês não têm noção do que a Emília ganhou: um roupãozinho da Carters, rosa com bolinhas! Ela encomendou pela Roberta, e é bem parecido com este aqui:


Visualizem o fundo rosa clarinho e bolas no lugar dos corações. Muito, muito fofo! E vai servir por uns bons meses, essa é a melhor parte.
Flá, muitíssimo obrigada, presente de extremo bom gosto (desses que desmoralizam todas as outras pessoas que estão participando do amigo secreto e fazem a gente achar que compramos um presente mixuruca demais pros nosso amigo... mas fazer o que, né? LALALALA meu presente é o mais legal!!).
E a segunda boa nova: minha irmã comprou as fraldas! Segundo ela, foi uma epopeia, loja fechada, loja em reforma, produto esgotado. Acabou tendo de comprar do modelo orgânico, mais caro obviamente. E comprou todas as fraldas que tinha na loja, porque acabover. Mas agora a Emília será a mijadora/cagadora mais ecológica da paróquia: fraldas de pano orgânicas! Dá até pra ter um carro a diesel...
E o que mais? Ah, sim! Esse fim de semana resolvi várias coisas: comprei os baldes pra lavar as fraldas, um cesto de roupas sujas só pra ela e o colchão! E fomos ver o berço: o restaurador não estragou a mobília, como temíamos. Ficaram apenas umas imperfeições devido à raspagem, já que os móveis tinham muitas camadas de verniz. Coisa discreta. Ele já explicou como corrigirá o problema, tingindo essas partes pra uniformizar a cor. Se Deus quiser, essa semana o quartinho dela terá os móveis todos. E sexta chega minha sogra com a parte de cama e banho. E vai ser só esperar minha irmã, que chega dia 08/12 com a tralha de NY!!! Ueba!!
E, pra finalizar, fiz minha decoração de natal ontem. Aaaai o ap está lindo, com luzinhas ao redor de toda a porta que separa a sala da varanda. Depois vou fazer umas fotos e colocar lá no meu blog do apartamento (que anda desativado, mas ainda pede a sessão "antes e depois").
Foi um ótimo fim de semana, ah se foi!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Lavando a roupa limpa

Depois do surto de ontem, e já que o marido estava viajando e eu não tinha nada melhor pra fazer, fui lavar as coisas dela. Foi mais pra limpar a consciência mesmo, pra dizer: "Olha, já comecei a lavar o enxoval. Suuuper adiantada." Até que nem foi inútil como eu pensava. Só as roupas brancas/quase brancas encheram a máquina. Isso porque, apesar do parco guarda-roupa da minha filha, lavei fraldas cremer, capa de almofada de amamentar, mantinhas e capas do carrinho e do bebê conforto. E hoje ainda tem a máquina de roupas claras.

Acho que valeu a pena, porque tirei os sacos e os adesivos do carrinho e do bebê conforto, as etiquetas e os adesivos das roupinhas, e até que deu um bom lixo. Aproveitei também pra passar um álcool no armário. Assim, quando minha sogra chegar com a parte de cama e banho toda lavadinha, uma coisa não suja a outra.

Achei legal fazer isso mais pra ver como funciona a lavagem de roupas de bebês. Então trago algumas observações, baseadas também na minha experiência como dona de casa:

1) Achei que ficou tudo muito não macio. Aí pensei: "putz, será que era pra pôr amaciante?". Não li antes sobre como lavar roupas de bebês, mas supus que não era pra colocar amaciante já que pra roupas íntimas a recomendação é essa. Roupas de bebês, roupas íntimas, tudo a ver. Aí hoje vim pesquisar e vi que não é pra amaciar mesmo, não. Ponto pro meu feeling. Mas na hora do almoço tive de ir ao hiper comprar umas coisas e aproveitei pra levar um sabão de coco de outra marca, pra ver se esse deixa as coisas menos ásperas.

2) Minha máquina (lava e seca LG) tem um ciclo "roupas de bebês". Resolvi testar. Não recomendo pra primeira lavagem , porque ele é muito demorado e esquenta a água um pouco - totalmente desnecessário pra roupas não usadas. Deve ser pra tirar vômito, cocô, essas coisas. Enfim, desperdício de água e energia. Na próxima leva vou usar o ciclo "lavagem manual", que dura uns 30, 40minutos. Deve ser suficiente.

3) Nessa pesquisa sobre o amaciante, acabei lendo outras recomendações, entre elas a de lavar roupas mais delicadas à mão. Quer saber? Tô fora! O que estragar na máquina, só lamento, vai pro lixo que é porcaria. A escravidão já acabou e não vou lavar nada na mão. No máximo, coloco dentro daqueles saquinhos furadinhos, sabem?

Eis minhas considerações sobre minha primeira lavagem de roupas materna... vivendo e aprendendo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pobre de mim, Emília, me traga uma notícia boa...

Neste exato momento estou total descontrol. Desespero total. Já tá pronto isso? Já tá pronto aquilo? Não, não tá nada pronto, não tem berço, não tem roupa, não tem enxoval, não tem fralda, não tem mala, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!

Ontem fui na Gineco. Perguntei se podia fazer massagens no períneo, se era seguro e tal.

- Pode fazer, a partir da semana que vem.
- Ué, mas não é só a partir da 34a?
- Sim, você já está com quase 33.
- Quase 33? Mas eu completei 32 ontem!
- Ah, é porque na ecografia tá sempre um pouquinho mais pra frente...

33. Jesuis. Amor, liga pro berço pra ver como tá. O berço não tá bom. O cara acha que tem que pintar. Amor viaja pra SP. Aimeudeus. Amor, sexta vai lá ver como tá, ok? Ok.

E minha irmã avisa de NY: "Acho que não vai dar pra comprar suas fraldas de pano. Já enchi uma mala inteira com coisas pra Emília. Não cabe mais." AAAARGH!! Como assim??!? As fraldas eram um dos itens mais importantes, aimeudeus. Procura sites que vendem internacionalmente. Consulta site da Receita. 60% de imposto em compras via postal!! Aaaaaaaaaaahhhhhhh!!! Outra amiga vai em dezembro, mas vai voltar super em cima da hora. Encomendo fraldas nacionais? Uso descartável até outra alma amiga ir pros EUA?? Não tem fralda, não tem chá de fralda!!!

Vai lá, sua louca, na loja do bebê, e compra o que tá faltando. No dá! Tem de esperar minha sogra chegar de BH com as coisas de cama e banho! E tem de esperar minha irmã chegar de NY com as roupinhas! E vai ter ainda um eventinho e talvez eu ganhe mais coisas. Com 34 semanas??? Isso é época de fazer chá de bebê? Mas é que eu nao ia fazer nada e insistiram e eu resolvi fazer uma coisinha, um pseudo-chá, pra celebrar e tal, não sei o que vou ganhar...

É. Vai ficar tudo pra última hora mesmo. Eu tentei. E duvido que a Emília espere as 40 semanas (dpp: 19/01/2010).

+++

E ALGUÉM ME EXPLIQUE:

Qual é a diferença entre cueiro e manta??? Porque a maternidade pede pra levar 3 de cada. Não vem a ser a mesma coisa?? Pra quê essa porcaria?!?!? (foi mal o linguajar, momento surto).

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E a Roberta fez um lindo post sobre como as crianças desconcertam a gente nesses momentos de nervosismo. Daí lembrei da música do sítio e espero que minha menininha faça o mesmo comigo. Quando dá tudo errado, ela vem me salvar.

"Pobre de mim
Emília me traga uma notíca boa
Pirlimpimpim, se não chover
É vento ou é garoa

Mais do que ser passarinho
Anjo, boneca, gente, assombração
É ser que nem é Emília
Campina, campo, espaço e amplidão
Mais do que ser sabida
E ter segredos que fazer magia
É ser que nem é Emília
Fonte, chama, sopro, ventania

Por mais que o sol se esconda
Cruzes se cravem no raiar do dia"

("Emília", de Sérgio Ricardo)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Até quando se é mãe ou pai?

Meu irmão tem quase 30 anos e mora em outra cidade. Ontem, veio dar uma passada rapidíssima pelo aeroporto de Brasília para fazer uma conexão. Viagem a trabalho.

Meu pai cancelou uma reunião importante e disse que iria vê-lo com minha mãe. Minha mãe me convidou pra ir também ao aeroporto, para que meu irmão visse o tamanho da barriga. Então fomos os quatro, papai, mamãe, eu e Rafael.

O voo atrasou um pouco para pousar, o que nos deu pouquíssimos minutos juntos. Foi oi, abraço, tchau, e faltavam 20 minutos pra sair a conexão.

Achei bonitinho meu pai se embrenhando entre as pessoas pra conferir o painel: pousou. Está no pátio. Está desembarcando. E minha mãe relembrando: “A primeira vez que vim aqui receber seu irmão depois que ele foi pra faculdade...”

É. Os filhos crescem, saem de casa, casam e começam a viver a própria vida. Mas coração de mãe e pai não muda.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

32 Semanas

Ainda não é hoje, mas amanhã a Emília completa mais uma semana de vida. Vida intrauterina, mas vida mesmo assim!

Então resolvi fazer um balanço da minha situação atual, porque agora ela muda a uma velocidade assustadora. Fica como um registro pra mim e dá uma ideia pra quem nunca esteve no 8º mês de gestação de como é a experiência.

Corpo e saúde:

Peso ganho: em torno de 8k. Talvez um pouco mais.
Inchaço: um pouco, nos pés e nas pernas. Incomoda mais nos dias de muito calor. A aliança continua tranquila no dedo, mas já aposentei os sapatos fechados e estou revezando tênis com rasteirinha. Pra melhorar: caminhadas diárias, jato de água gelada nos membros inferiores, pés para cima quando dá, massagem e sacudida nas pernas feitas pelo marido e um gelzinho da Natura que dá aquele frescor.
Dores: nas costas e no cóccix, esporadicamente, depois de passar muito tempo sentada ou deitada de barriga pra cima. Para melhorar: apoiar as costas com uma almofada ou travesseiro fino ao sentar, evitar ficar muito tempo na mesma posição e pedir massagenzinha na lombar quando a dor incomoda mais. Ah, pilates e RPG também.
Falta de ar: não. Claro que não tenho a mesma resistência para atividades físicas, mas normalmente não sinto incômodos respiratórios. E, gente, meu nariz de batata ainda não aumentou, graças a Deus! Acho que não tem pra onde... hehehe
Sono: bom. Durmo a noite inteira, exceto quando levanto para esvaziar a bexiga. A posição é de lado mesmo. Deito um pouco do esquerdo para relaxar, viro para o direito (virar é uma manobra delicada) e costumo pegar no sono nessa posição. Quanto ao sono durante o dia, é sempre, o tempo todo, queria dormir 12h por dia...
Contrações: as de Braxton-Hicks já apareceram há umas boas semanas e atingiram uma frequência assustadora. Como não há uma regularidade, creio que não tenho motivos para me preocupar.
Movimentos do bebê: a Emília continua mexendo muito, sempre e com força. Consigo sentir mais e ver os relevos quando deito do lado direito (onde estão as costas dela). É a parte mais legal da gravidez.
Linha negra na barriga: sim, horrível.
Estrias: não. Para prevenir, hidratantes específicos pra gestantes ou qualquer um bem power que tenha óleos misturados (amêndoas, uva etc.). Usei vários, tudo a mesma coisa. Pra saber se está funcionando: a barriga não pode coçar. Se coçar, é porque não está devidamente hidratada (coçar não dá estrias, ai jesuis, como o povo fala bobagem. A coceira apenas indica que sua pele, por não estar hidratada, está mais suscetível a romper com o estiramento. Mandar ver com a unhona, o cartão de crédito, a escova de cabelo, não vai fazer diferença nenhuma. Eu já me cocei até!).
Exercícios: caminhadas de 45min três vezes por semana, pilates, duas, e RPG, uma. Vou fazer pilates só até a 35ª semana, mas pretendo levar o RPG e as caminhadas até o final, se tudo continuar correndo bem.

Humor, sentimentos e expectativas

Meu humor está altamente variável. Até o segundo trimestre, eu andava sempre feliz e saltitante. Depois que voltei de férias, já com seis meses completos, comecei a ficar mais chorosa, mais cansada e mais ansiosa. Claro que outros fatores contribuíram, como a mudança de apartamento. Mas com certeza o estado avançado da gravidez tem muito a ver com isso.

Pequenas coisas me fazem cair em prantos. Por exemplo: quando não consigo sair do carro porque alguém estacionou perto demais, e aquela pequena frestinha deixada pela porta semiaberta, que eu antes atravessava com uma agilidade de gato, agora é intransponível. E eu tenho de saltar por cima da marcha, com uma leveza de hipopótamo, pra sair pelo banco do passageiro.

Essa coisa do meu novo tamanho tem gerado muito estranhamento. Não passar mais nos buracos me faz ter de dar a volta em várias situações, procurando uma saída mais larga. Fico pensando em como se sentem os gordos. Vida complicada.

Também é um pouco irritante tentar fazer palavras cruzadas na cama. Todas as posições são incômodas, inclusive sentada com as coisas apoiadas na cabeceira. Não tem jeito: a caixa torácica pressiona o útero e a Emília vai lá na minha costela.

E, finalmente, tenho andando mais insegura que nunca, com medo de tomar decisões importantes.

Por outro lado, ainda estou curtindo bastante a gravidez. É realmente um estado de graça, apesar de toda a falta de classe. Esse fim de semana fui a hipermercado e aproveitei pra comprar os absorventes noturnos que vou usar no pós-parto. Confesso que me deu uma tristezinha olhar praquela estante de absorventes e sentir que essa fase está chegando ao fim...

Mas uma coisa que me animou foi lavar minha lingerie pós-parto (aqueles sutiãs e cintas super sensuais). Pra dar espaço pra ela na gaveta, meti na mala de não-grávida todos os sutiãs que não me servem mais e não vão me servir por um bom tempo. E fiquei feliz porque arquivei os sutiãs de não-mãe, vai entender.

Em relação ao parto, continuo tranquila e animada. Estou tendo sonhos maravilhosos sobre esse momento, o que acho que indica meu estado de espírito. Estou pesquisando muito e me preparando física e psicologicamente pra esse último trabalho que trará minha filha ao mundo. E não paro de pensar nela, como um bebê, como uma menininha, como uma adolescente e até como mulher!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Chatinho (ou lindinho)

Troca de e-mails ontem com meu marido:

11:54 Lindinho para mim
Assunto: Posto kd

RE:
hahahah
tus é fogo.
vou ver se faço hj a tarde

14:07 Lindinho para mim

<3 linda
ps: KD O POSTO?? vc ñ tem consideração pelos seus leitores fiéis! :P

15:19 Lindinho para mim
Assunto: nao tem posto
q lastima

RE:
to fazeno o posto meu

15:40 Lindinho para mim
Assunto: Ê! Posto!

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Mala sem alça? Não, é lindo mesmo meu fã número um!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Preparação para o pós-parto

Você entra no elevador junto com alguém e a pessoa olha para sua barriga. Dá um sorrisinho e pergunta:

- É pra quando?
- Janeiro.
- E já está tudo pronto?
- Er... mais ou menos. Está tudo encaminhado.

Visitem o quarto da Emília e verão no canto uma poltrona listrada (ficava na minha antiga sala) com uma almofada de amamentação em cima. Pendurada no armador, Mirandolina, a boneca cabeçuda. Só.

Abra o armário da Emília (embutido, já estava lá quando comprei o apartamento) e verão apenas uns dois bodies, uns quatro vestidinhos, algumas meias e sapatinhos e três mantinhas. Mentira! Verão também o bebê conforto e o carrinho! Aêeeee! Não estou tão atrasada assim.

Acontece que minha irmã vai pra NY este domingo e preferi esperar pela volta dela pra encerrar o enxoval. E minha sogra vem no início de dezembro com a parte de cama e banho. Daí que ficou tudo pra última hora mesmo, e acabei nem planejando chá de bebê.

Mas se pra umas coisas eu sou super relaxada, pra outras nem tanto. Como já disse aqui, visitei creches e maternidades há bastante tempo e comprei o carrinho (que exigia uma pesquisa maior) com uma boa antecedência também. O berço ainda não chegou porque é uma relíquia que está na família do meu marido (que inclusive dormiu nele) há 30 anos e que teve de ser trazido de Três Corações e enviado pra restauração.

E como minha mente sistemática até que anda funcionando bem, já há algum tempo tenho me preocupado com a questão alimentação pós-parto. Lactante tem de se alimentar bem, certo? E como comer bem sem tempo para cozinhar ou ir a um bom restaurante?

Há algum tempo já planejei meu cardápio congelado: sopas, grãos, leguminosas, quibe (de soja, claro). Fiz a lista de suprimentos pra comprar na 37ª semana (vai que ela resolver vir na 38ª!) e deixar a casa abastecida, inclusive com produtos de limpeza.

Mas não dá pra viver só de congelados e alimentos não perecíveis, então já combinei com minha mãe que ela vai me dar uma força pra complementar minhas refeições com saladas e coisas frescas. Mas há outro fator: frutas e verduras estragam rápido, e o trabalho da mama acabaria ficando maior: comprar e cozinhar.

E eis que ontem experimentei uma solução: Feira em Casa! Um amigo meu tem um negócio de compras em domicílio: você faz o pedido, ele vai lá na Ceasa e entrega tudo na sua casa! Prático, não é mesmo? O preço é muito próximo ao do verdurão, com a vantagem que é tudo mais fresco e você não tem de se deslocar ou perder tempo. Vai ser ótimo pra quando eu estiver por conta da minha bonequinha, mas agora já veio bem a calhar. Andar com essa pança na frutaria lotada e pequena e depois tentar caber no elevador junto com o carrinho já não está mais rolando.

E ainda tem o momento “o que será que ele me trouxe?” Claro, é você que faz a lista, mas ver os vegetais é outra coisa. Eu tinha pedido uma unidade de batata doce, a R$0,80. Pois ele me trouxe a maior batata doce do universo, acho que maior e mais pesada que a Emília. Cortei em cubos e congelei umas seis porções. Acho que é a solução pra fome no mundo...

Se alguém que mora em Brasília se interessar, passo o contato. Você marca o horário e ele vai até você!

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E aproveitando o momento propaganda, a Michelle, do Comidinhas Deliciosas, está vendendo uns enfeites fofos de natal, olha aí.



Quem se interessar visita lá o blog dela e deixa um comentário!

Ah, ela mora em Brasília mas pode mandar a encomenda pelo correio também!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O pai

Ele está cansado. Vai dormir comigo às 22h e demora a pegar no sono, tão agitado está. Ele anda com um livro cor-de-rosa debaixo do braço pra aprender um pouco sobre a maternidade e a paternidade. Ele gosta de passar hidratante na minha barriga e sentir o bebê. Passa gel nas minhas pernas, massageia meus pés e minhas costas.

Ele perde a hora do trabalho porque teve de receber o eletricista, o técnico do telefone, o cara do vidro. Vai pra casa na hora do almoço só pra resolver mais um problema, come mais tarde ou tem de se virar com um sanduíche do Subway. E tenta chegar em casa mais cedo no fim do dia pra jantar comigo.

Acordo às 6h e tomo café da manhã em casa excepcionalmente, e ele pergunta por que não o acordei pra tomarmos café juntos.

Ele vai comigo a todas as consultas na obstetra, lê tudo o que mando sobre trabalho de parto e me acompanha nos exercícios de preparação que faço. Perde a natação e sai pra caminhar comigo.

O chefe pede que ele participe de um evento no fim de semana, e ele não quer porque quer ficar comigo. Digo que pode ir, que tire folga no meio da semana, mas ele quer o fim de semana porque no fim de semana estamos juntos.

Sugiro que almocemos juntos de vez em quando porque o refeitório no meu trabalho está um inferno. Mas peço que ele me busque, porque depois fica impossível estacionar aqui e porque estou evitando dirigir mais que o necessário. Em vez de reclamar, ele sorri e diz: “Gosto de almoçar com você.”

Estou cansada, mas às vezes tenho a sensação de que ele está mais. Meus olhos se enchem d’água quando ligo pra ele e sinto qualquer desânimo em sua voz. Meu coração fica apertado quando o vejo revirar na cama uma e outra vez tentando pegar no sono.

Ele não carrega um bebê na barriga, mas sente o peso no corpo, como eu. O coração dele não trabalha 30% a mais, como o meu, e os órgãos vitais dele não estão esmagados. Mas ele tenta compensar toda a minha falta de energia dando no mínimo esses 30% a mais de si. Ele não vai sentir as dores do parto, mas vai estar lá comigo para me segurar e me aliviar. Ele não precisaria saber nada sobre amamentação, mas conhece todas as posições e a pega correta.

Olho pra ele e penso que ele é o Super-Homem, porque ele faz tudo o que não consigo fazer. Ele diz que não é nada. Olho para ele e quero cuidar dele. Mando tomar própolis porque no trabalho ele senta bem debaixo da saída do ar condicionado. Mando levar frutas secas pra não ficar muito tempo sem comer. Compro pra ele um pacotinho de castanha de Baru. E sexta quero fazer um jantar bem gostoso pra ele.

Essa vida de adulto é difícil. Trabalhar, cuidar da casa. E agora, trazer uma criança ao mundo. Estamos cansados, mas somos dois. Graças a Deus somos dois.

E eu não o trocaria por nada.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Alalaôôôôôôô

Quem quer passar o último trimestre da gravidez no verão? Êeee!! Eu não!!

Bem feito, quem mandou reclamar? Passei as últimas semanas xingando essa chuva interminável, e olha no que deu: foi só as nuvens negras darem uma trégua pra esse sol saariano de Brasília se exibir em toda a sua majestade! E que calor, meu Deus!

Impossível meu pezinho de chinesa (mentira) não virar um pezão de elefante. Ok, também não é pra tanto, mas pela primeira vez senti inchaço e peso nas pernas.

O marido senta à mesa sem camisa para lanchar no domingo. Não é que é uma boa ideia..?

Vou à varanda e penso como cairia bem uma piscininha de plástico... e um coco bem gelado.

Hoje de manhã acordo, o marido todo encolhido por causa do ventilador. “Amor, tô com frio”. Fazer o quê, né? Não dava pra dormir sem.

E aqui no trabalho o ar condicionado não dá conta. Alguém me passa um abanador?

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E uma dica pra dor nas costas: almofadinha na lombar!

Sexta inventei de ir ao cinema e passei a segunda hora do filme me contorcendo, sem achar uma posição. A Emília cutucava minha costela, eu jogava os ombros pra trás, tentava uma posição meio de lado, tava quase me arrastando no chão. Saí de lar com uma dor nas costas federal.

Fim de semana, vários eventos e cadeiras de plástico, levei na mochila do marido o travesseirinho da Emília. É daqueles da NASA. Dizem que recém-nascido não usa travesseiro, mas já compramos porque minha sogra queria as medidas pra mandar fazer as fronhas combinando com os lençois. Enfim: travesseirinho da NASA nas costas é o que há. Garantia de várias horas sentada sem dor. Seu filho pode até não usar, mas você com certeza vai dar graças a Deus por ter comprado um.

(Aliás: tava um calorão no cinema.)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Chatinha

Anteontem cheguei em casa morrendo de sono, doida pra fazer logo minha marmita do dia seguinte e cair na cama. O Rafael tinha ido ver mais filmes do FIC (recusei o convite justamente porque precisava descansar).

Eis que giro o acendedor do fogão e nada. “O gás deve estar fechado”, pensei. Abri o gás, e nada. Abre, fecha, abre, fecha, tenta outra e outra boca. Pego o celular (tu... tu... tu...):

- Oi amor.
- Amoooor. Acabou o gás!
- Tem certeza? Tentou abrir a chave?
- Tentei amor, acabou o gás, eu não consigo cozinhar. Como eu vou fazer, amor, sem a minha marmitinha?
- Liga pra empresa de gás. Eles trazem na hora.
- Ahhh não... vai demorar.
- Vai não, amor, é na hora.
- Mas eu não tenho o telefone.
- Não tem na geladeira?
- Não, todos os ímãs feios foram jogados no lixo na mudança.
- Então liga pra sua mãe e pergunta.
- Não quero. Não quero receber homem do gás, vai demorar, não quero fazer isso sozinha.
- Ué, mas aí você não vai poder cozinhar.
- Mas eu quero dormiiiir... eu tô tão cansada.
- Olha amor, eu posso resolver isso pra você amanhã de manhã. Você quer? Mas aí hoje não tem como eu resolver.
- Ê! Quero! Eu cozinho o brócolis no microondas! Batata no microondas! Olha, e tem minha panela elétrica.
- Ok, amor.
- Mas não esquece, viu? Não esquece que eu não posso ficar sem o meu fogão. Brigada amor.
- De nada.
- Bom filme.

E fui dormir às 20h... tão bom ter marido.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Carta para Emília (senta, que lá vem a história!)

(Super mega longo, fora do cógido de ética da blogagem, mas não deu pra cortar em dois; perdia o sentido. Acho que depois dessa, só semana que vem!)

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Emília,

O que dizer pra você nesta hora? Que mamãe anda dormindo pouco e correndo muito, que estou cansada e que às vezes tenho vontade de chorar? Imagino você me olhando com sua carinha inocente, sem entender por que tanta pressa.

Eu mesma não entendo. Às vezes não sei por que trabalho, por que troco de apartamento, por que torno complicadas coisas que seriam tão simples. Como a própria palavra “complicado”. Eu tinha escrito “complexa”, que é quase a mesma coisa, mas lembrei que essa palavra podia ser complicada pra você. E troquei por "complicada".

Dizem que antigamente, no tempo dos seus bisavós, as pessoas faziam menos coisas. As crianças iam pra escola só com uns 7 anos, pouca gente fazia faculdade e muitas mulheres não trabalhavam. Não tinha esse negócio de academia, aula de inglês, cursinho. Claro, também tinha muita criança que trabalhava, principalmente na roça. Sua avó Luzia mesmo trabalhou muito. Aprendeu a costurar ainda criança e com 17 anos já passava o dia fora de casa pra ganhar um pouco de dinheirinho pra poder viver. E ela estudou muito também, pra depois arrumar um trabalho menos sofrido e poder ter uma vida mais confortável. E foi por causa disso que eu pude estudar também e conseguir o meu trabalho, e é por isso que eu posso te dar uma casa, comida, roupas e pagar os médicos.

Então dizem que é por isso que a gente trabalha: pra poder ganhar dinheiro e comprar todas essas coisas. É como uma troca, sabe, Emília? A gente faz alguma coisa pros outros (a gente chama os outros de “sociedade”, ou “comunidade”) e os outros fazem alguma coisa por nós. Por exemplo: se você é um garçom, você serve a comida pras pessoas; se você é advogado, você ajuda seus clientes a se defenderem de alguma injustiça ou a brigarem pelos seus direitos; se você é médico, você cuida da saúde dos seus pacientes. Aí nós pagamos essas pessoas e essas pessoas pagam outras pessoas pra fazerem outras coisas pra elas, e alguém nos paga pra fazermos o nosso trabalho também.

Hoje a mamãe trabalha pro Governo. Eu escrevo cartas pras pessoas respondendo às dúvidas que elas têm sobre as coisas que o Governo faz. Aí o Governo me paga, com o dinheiro que todas as pessoas (a sociedade, lembra?) dão pra ele. Todo mundo paga um pouquinho de dinheiro pro Governo oferecer os serviços públicos (as ruas da cidade, as escolas e os hospitais públicos, a polícia...), sabia? Até a mamãe, que recebe dinheiro do Governo, devolve uma parte pra ele depois. É assim que funciona, o dinheiro fica rodando por aí, passando de mão em mão, enquanto as pessoas vão trabalhando umas pras outras.

Então o trabalho era pra ser uma coisa legal, uma troca saudável de favores. Acontece que a gente também tem de cuidar das nossas coisas, e não só das dos outros, não é, meu amor? Por exemplo: se eu passasse a minha vida mandando cartas do Governo pros outros, quando é que eu ia poder cuidar de você, te dar de mamar, te dar banho? E quando é que eu ia poder passar tempo com o seu pai, abraçar, conversar? E quando é que eu ia poder descansar também e fazer as coisas de que gosto, como passear no sol, nadar ou ler um livro?

Pois é. Nos dias de hoje, a gente tem de trabalhar o dia inteiro pros outros e sobra muito pouco tempo para viver a nossa vida. Tem gente que trabalha menos. Mamãe queria trabalhar menos. Mas, sabe, Emília? Pra trabalhar menos, você tem de achar uma pessoa que aceite te pagar pra trabalhar menos. Tem gente que diz: “Você tem de trabalhar 8 horas por dia. Se você quiser trabalhar só 6 horas, vou ter de chamar outra pessoa e você vai ficar sem trabalhar.” Mas não era só pagar menos dinheiro e te deixar trabalhar menos? Pois é, eu também acho. Mas não sei por quê, não é assim que funciona. Então eu tenho de trabalhar o dia inteiro porque senão eu não vou poder trabalhar nada, e não vou ganhar nenhum dinheiro.

Toda essa explicação sobre dinheiro e trabalho é pra te dizer que mamãe anda pensando muito na vida e querendo arrumar um jeito pra passar mais tempo com você e o papai. É que muitas vezes a gente trabalha mais pra ganhar mais dinheiro. E nem sempre a gente precisa de todo esse dinheiro pra viver bem. Por exemplo: seu pai também trabalha. Se a gente ficasse só com o dinheiro dele, pode ser que a gente conseguisse viver com menos coisas, mas com mais alegria. Porque a felicidade não vem das coisas, mas das pessoas.

Acontece que a mamãe também gosta de trabalhar. Claro, ficar com você é muito melhor. Mas é como a escolinha: é muito legal ficar em casa brincando, mas se você ficasse em casa o dia todo ia ser muito chato. Na escolinha, você faz amigos e aprende coisas. É a mesma coisa com o trabalho. É legal fazer alguma coisa interessante, que você goste de fazer e faça bem. A mamãe, por exemplo, quer ser tradutora. Os tradutores pegam um texto em uma língua estrangeira (eu gosto do francês) e escrevem na língua deles. Ou pode ser o contrário: pegar um texto em português e passar pra outra língua.

Você vai pensar: “Mas mamãe, você é muito velha pra não ser ainda o que você queria ser quando crecesse!” Mas é assim mesmo, bonequinha. Às vezes demora um tempo pra gente conseguir fazer o que quer. A gente pode ser adulto e ainda querer ser outra coisa quando crescer. Mesmo já sendo crescido.

Não sei se essas coisas te interessam agora, mas vão te interessar um dia. Sua mãe é uma pessoa muito agitada, que gosta de fazer várias coisas ao mesmo tempo e tem medo de ficar para trás. Mas isso nem sempre é bom, porque a gente se cansa e acaba não sendo uma pessoa tão legal praqueles que a gente ama. Por isso queria que você se lembrasse desses conselhos quando você estiver na dúvida sobre seu futuro.

É importante ser responsável e não é certo pedir ajuda pros outros por preguiça ou pra fazer algo que nós mesmos podemos fazer, porque isso cansa os outros. Mas também a gente não precisa fazer tudo sozinha. E é importante trabalhar e ganhar você mesma seu sustento, porque senão alguém vai ter de trabalhar por você. Mas ninguém precisa trabalhar mais do que aguenta, principalmente se isso atrapalha sua vida familiar. Você também não precisa trabalhar demais pra ter muito dinheiro, porque não vale a pena. É claro que é muito triste não poder pagar um médico e ter de ficar na fila do hospital público, ou pior: não poder comprar comida. Mas ter dinheiro pra pagar um médico ou comprar comida é muito mais simples do que ganhar muito muito dinheiro pra comprar um carro importado ou uma casa com piscina.

E, o mais importante: você pode rever sua vida a qualquer momento e tentar seguir outros caminhos. Nem sempre é fácil. Se você resolver não estudar, por exemplo, pode ser muito difícil depois voltar atrás se você mudar de ideia. Mas você pode perfeitamente ser responsável sem toda essa pressão. E é isso que mamãe está tentando fazer: achar esse equilíbrio.

Não sou perfeita, meu amor, e você também não precisa ser. O importante é tentar melhorar a cada dia e fazer o que é certo, sempre pensando nas pessoas que a gente ama. E como eu tenho pensando em você!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Conselhos para família e amigos de uma recém-mãe

Essa é da Encantadora de Bebês. Não resisti a compartilhar aqui porque praticamente todos os que não têm filhos (ou pelo menos que não têm pessoas próximas o suficiente com bebês) desconhecem esses conselhos. E muitos pais também acabam se esquecendo deles quando se trata dos filhos dos outros.

Claro, a maioria sabe que os primeiros dias de recém-pais são delicados e que é aconselhável parcimônia nas visitas. Mas mesmo assim muita gente espera que poderá segurar o bebê tranquilamente ou que a mãe estará disposta a conversar, ou esquece que a simples presença da visita tira da família a privacidade de que necessitam para conhecerem uns aos outros (pai, mãe e bebê).

Minha irmã mesmo, cheia de boas intenções, disse que pretendia passar uma ou duas horas por dia conosco para ficar com a Emília enquanto eu poderia “fazer minhas coisas”. Segundo a Tracy Hogg, autora do livro de que falei ontem, o ideal seria que minha irmã fosse lá fazer minhas coisas enquanto eu poderia ter um tempo tranquilo com a minha filha.

Vejam o que ela diz:

“Convença todos dos conhecidos, exceto parentes e amigos mais próximos, de não visitarem sua família nos primeiros dias. Se seus pais moram em outra cidade e ficarão hospedados em sua casa nesse período, o melhor que podem fazer por você é cozinhar, limpar e realizar pequenas tarefas. Avise a eles, delicadamente, que pedirá ajuda nos cuidados com o bebê se precisar, mas que gostaria de aproveitar o momento para conhecê-lo melhor sozinha.”

Adorei. Na verdade, eu já tinha essa ideia em mente, mas tinha medo de parecer antipática com essa postura. Agora, com a Dra. Tracy Hogg pra me apoiar, espero que os íntimos entendam que Emília estará off limits até segunda ordem.

P.S.: E minha mãe me disse que quando meu irmão nasceu, trinta pessoas resolveram visitá-lo em grupo. Pense!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Perda total

Não foi o carro que deu PT; fui eu mesma.

Acabei de acordar numa segunda-feira e já estou exausta. O fim de semana foi punk-rock-hard-core. Evento 5ª, evento 6ª, dorme às duas da manhã, acorda do sábado, passa o dia na Leroy Merlin e na TokStok comprando coisa por apartamento, corre pro cinema – tá tendo FIC, o Rafael não resiste –, corre pro aniversário de uma amiga, dorme mais de meia noite. Domingo, chega mais cedo na igreja, prepara o lanche das crianças, sai correndo pra casa da minha mãe, cozinha risoto pra 17 pessoas (eu, não a minha mãe), volta pra casa, resolve montar a mesa que compramos sábado pra varanda, toma banho, chega mais cedo na igreja de novo porque o Rafael vai tocar bateria. Conseguimos ir pra cama um pouco depois das 22h, mas as 8h de sono não são o suficiente pra recarregar as baterias. Ainda mais porque passei mal à noite. Resultado? Este zumbi que agora vos fala.

Mas por que uma gestante de 30 semanas precisa de um fim de semana tão agitado? Porque sou, como dizem no Ceará, aperreada. Não sossego enquanto não estiver tudo pronto, porque detesto aquela correria de última hora. Então escolhi a correria dessa hora que ainda não é a última. E corro, porque queria que o apartamento estivesse 100% pronto antes de minha filha nascer – inclusive com quadros nas paredes e plantas na varanda. E corro também porque às vezes tenho a sensação de que minha super mãe me acha preguiçosa. Mas isso já é outro problema, Freud explica.

E no meio desse turbilhão, nos 5 minutinhos entre uma tarefa de outra, resolvi começar a ler Os Segredos de uma Encantadora de Bebês (Tracy Hogg). E tem uns conselhos para recém-mães que acho que eu deveria adotar já por agora:

“Vá devagar

Você já tem muita coisa para fazer; não se sobrecarregue com tarefas adicionais. (...) Estabeleça prioridades classificando as tarefas em urgente, fazer depois ou pode esperar até que eu me sinta melhor. Se você estiver calma e for sincera ao avaliar cada tarefa, ficará surpresa com a quantidade de coisas que pode deixar para depois.”

Então resolvi que vou procurar algum programa de gerenciamento de tarefas para organizar tudo o que tenho de fazer até o fim do ano. Assim, não vou me sentir culpada quando precisar cochilar no sábado à tarde. E acho que é hora de começar a recusar alguns eventos (especialmente porque fim de ano é uma loucura). Espero que os amigos entendam.

+++

Aproveitando o ensejo, duas recomendações:

1) Os Segredos de uma Encantadora de Bebês, da Tracy Hogg. Comprei há uma semana numa super promoção nas Americanas. Chequem lá se ainda tá valendo, foi uma bagatela. Claro que não posso recomendar o livro como mãe, porque ainda não pude testar os conselhos dela. Foi uma amiga que tem um menino de três meses que me sugeriu e disse que ajuda muito. Eu estou adorando a leitura e achei as recomendações (observar o bebê e respeitá-lo) super válidas.

2) Pras gestantes que trabalham, sugiro que não esperem o último mês pra checar os procedimentos para entrar de licença. Como se eu não tivesse mais nada pra fazer, resolvi ver isso aqui no meu trabalho sexta passada, jurando que iam me xingar dizendo: “tá muito cedo... depois você volta aqui”. Pois descobri que o troço é muito mais burocrático do que eu pensava, e fiquei sabendo que você tem de pedir também auxílio natalidade e auxílio pré-escola, além de solicitar a prorrogação da licença pra ficar fora os 6 meses (o pedido normal é só pros 120 dias). Ah, e a declaração de dependente para o Imposto de Renda. São 5 formulários pra preencher, apresentar, homologar, depois levar na chefia, depois explicar pra pessoa que faz a folha de ponto como fica o preenchimento. E tem que checar também os valores dos auxílios no órgão onde o marido trabalha pra ver qual dos dois solicita o benefício. Não sei se na iniciativa privada ou se em todos os órgãos públicos é tão complicado assim, mas aqui onde eu trabalho dei graças a Deus de ter me informado com antecedência.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Enquanto isso, o pobre do marido...

- Amor, fiz as listas da minha mala e da Mila. A tua tu te vira.
- Eu vi. Pai não tem importancia mesmo.

Mala da maternidade II - Resultado da enquete

Dessa vez foi difícil compilar todos os comentários e chegar a uma conclusão. Pelo visto esse negócio de mala de maternidade é tão pessoal como mala de viagem. Minha mãe me disse, quando voltei das feira da gestante: "Nossa, eu não usei nada disso, sutiã e almofada de amamentação, carrinho, balde... hoje as coisas estão modernas!". Isso porque eu ainda não falei pra ela da bomba de leite elétrica, das conchas de silicone e da pomada de lanolina.

Essa divagação foi pra mostrar como as necessidades são diferentes de pessoa pra pessoa. O que foi unânime nos comentários foram as havaianas. O resto eu adaptei e, até agora, minha mala está assim:

Eu:
- 2 camisolas
- 1 vestido soltinho para sair da maternidade (ir vestida com outro)
- 6 calcinhas
- 1 cinta
- 2 sutiãs de amamentação (ir vestida com outro)
- absorventes para seios
- 1 concha de amamentação
- 1 par de havaianas
- itens de higiene pessoal (shampoo, condicionador, sabonete, hidratante, escova, pasta e pente)
- máquina fotográfica
- enfeite de porta

Ela:
- 6 bodies, 3 calças sem pé e 2 meias
- 1 mantinha
- 5 fraldas de boca
- escova de cabelo macia

E umas frutinhas, conforme conselho da Thaty.

Mas não tem macacão?? Não, porque minha amiga disse que perde super rápido e que ela não vai usar macacão no verão. Mas e o ar condicionado do hospital? Pede pra baixar. Mas e se mesmo assim estiver muito frio pra um recém-nascido? Enrola na manta. Abraça. Deixa no peito. Sei lá, meu!

Ainda posso mudar de ideia (essa amiga minha acabou de ter o segundo filho e vou conversar com ela de novo pra conferir se é isso mesmo), mas por enquanto, c'est ça. Não é que eu não queira levar os macacões; eu não quero é comprar mesmo.

Alguns itens podem ser comprados nas farmácias ao lado do hospital, por isso não vou levar, tipo fraldas descartáveis e absorventes.

E resolvi que vou levar mala de parto normal mesmo, pela fé.

E vivam as enquetes!

+++

Conversei com a minha amiga e ela disse que é isso mesmo: levou os conjuntos de body com calça e deu tudo certo. "Por via das dúvidas, leve um casaquinho!" Hahaha adorei! Vou comprar um casaquinho, até pra atender aos apelos desesperados da Roberta por algo mais quentinho.

Ah, e já acrescentei a Lansinoh à lista.

Gente, e olha que prático: no hospital onde minha amiga deu à luz ao seu segundo bebê, em BH, eles oferecem todas as roupinhas de bebê! Você só tem de levar uma pra ele sair do hospital. Tudo bem que é meio ridículo fotos do bebê com aquela logomarca do hospital, mas que é uma mão na roda, isso é!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mala da maternidade

Eu sei, galera, que tá cedo, mas já quero me preparar pra essa bendita mala caso eu tenha de comprar mais alguma coisa (e tá tendo feira até domingo, altas bagatelas).

Acho que já li sobre isso em algum blog, mas não me lembro qual ou quais e trago o assunto de novo à tona: o que é necessário levar pra maternidade?

Listas por aí é o que não falta. Tem umas que dariam até excesso de bagagem num voo nacional. Então a ideia é enxugar a lista, esperando por um parto normal de internação curta. Na boa: se for necessária uma cirurgia, dá pra pedir pra mamãe ir lá em casa buscar mais roupas, não é mesmo?

A mala da mãe até que eu achei razoável. Vejam a lista da Johnsons, comentada por mim e abertíssima a comentários alheios:

- 01 pacote de absorvente próprio para o pós-parto; ok

- 01 chinelo de quarto; Algum problema se for havaianas? Não tenho chinelo de quarto e nem pretendo ter.

- 03 jogos de camisolas apropriadas para amamentação; Ó, eu até aceito levar mais de uma porque pode vazar o sangue e tal. Mas duas tá de bom tamanho. Uma já comprei, como disse ontem, e a outra vou pedir emprestada pra minha mãe. As minhas não têm a menor condição, todas compradas pra lua de mel, sensuais, curtas e transparentes.

- 06 calcinhas de tamanho maior do que usava antes de engravidar; Taí, Paloma, foi por isso que comprei as calçolas!! Hehe. Mas li em outro lugar pra não levar calcinhas novas porque pode não ficar confortável... eu mereço! Será que levo 3 velhas e 3 novas?

- 01 cinta pós-parto; Ok, já que já comprei a bendita, vai na mala.

- 01 roupa para o dia de alta; Pensei comigo: não pode ser a mesma roupa do dia de entrada? Mas depois lembrei que vou estar uns tamanhos menor, né?

- 02 sutiãs de amamentação; ok

- Protetores para os seios; ok

- Máquina fotográfica; ok

- Produtos de higiene íntima: escova dental, escova de cabelos, shampoo, sabonete, creme dental, toalhas. Toalhas? O hospital não dá toalhas? Que favela. Vou me informar.

Agora a mala sem alça da minha linda filha:

- 01 creme contra assaduras; Que coisa mais Johnsons! Mas não custa levar um Hipoglós, já tem um monte lá em casa mesmo.

- 01 pacote de fraldas descartáveis; Achei que o hospital providenciava as fraldas. Mais uma vez, que favela! E também não diz o tamanho do pacote; suponho que seja pequeno, né?, 15 fraldas e tal.

- 03 conjuntos pagão com calça; Já me disseram e redisseram que pagão é inútil. Vou levar os bodies sem perna e as calças, 3 de cada, rola?

- 03 conjuntos de lã (de acordo com o clima); como vai ser verão, suponho que posso ignorar este item.

- 03 macacões de recém-nascido; no entendi (o “no” é em homenagem ao Rei). Os 3 conjuntos de pagão com calça lá em cima não bastam? Ó, vou comprar só 3 calças de RN (P, na verdade, porque a Emília é coxuda), conforme conselho de uma amiga mãe de dois. Então é só o que dá pra levar. Posso levar mais bodies, mas também vou comprar tudo sem perna, conforme conselho dessa mesma amiga.

- 02 lençóis de bercinho; Favela ôooo... o hospital não providencia isso?

- 01 manta (de acordo com a estação); Ok, vou levar. Ganhei tantas mantinhas que tô fazendo coleção, agora tem que usar.

- 01 escovinha macia para cabelos; Diz que só se o neném for cabeludo, e ela já tem Megahair, deu pra ver no ultra. Então vou levar.

- 02 sapatinhos e luvas de lã (no frio); substituir por 2 meias, certo?

- As lembrancinhas; sou má, fria e cruel, não vai ter lembrancinhas.

- Enfeite de porta (que já pode ter o nome do bebê); talvez.

- Assento bebê-conforto para o carro. Isso não vai na mala, né? Claro, já vou deixar o assento montadinho no carro.

Tem umas listas que ainda acrescentam toucas e sapatinhos, fala sério. Achei meio muito essas roupas do bebê. Sei que são pequenininhas, não ocupam espaço, mas levar muita bagagem só dá trabalho. Então me digam aí se precisa levar tanta roupa ou se 3 bodies e 3 calças bastam pra uma internação curta.

Ah, e com toda essa parafernália, não botaram fraldas de boca na lista. Disso precisa, né?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O que falta pra ela chegar?

Qual a sensação de saber que faltam pouco mais de dois meses pra sua filha chegar?

Por um lado, ainda faltam algumas coisas importantes para providenciar. Ainda estou desalojada porque o marceneiro só enrola a gente e está desde a semana passada tocando o terror na nossa cozinha só pra fazer pequenos consertos nos armários. Como eu não quis voltar pra casa naquela bagunça, com as coisas todas fora dos armários e uma sujeira sem fim, adiei a re-mudança pra amanhã, quando vai a faxineira. Hoje ainda durmo na casa da mamãe.

Então, para Emília chegar, ainda falta minha casa deixar de ser um canteiro de obras.

E tem o berço. Um berço lindo de 30 anos que iniciou a carreira com meu cunhado, abrigou os sonos do meu marido e continuou servindo a mais um irmão e três primos dele. Ninou seis meninos e agora recebe a primeira menininha. Trouxemos do interior de Minas e agora ele está sendo restaurado.

Também ainda faltam as compras que minha irmã fará em NY, vários itens importantes, entre eles roupas e as fraldas de pano. E depois tem o colchão do berço, o balde Sanremo (desisti do Tummy Tub, difícil de achar e caro pacas. Pra quem não sabe, Sanremo é balde de lavar roupas mesmo, compra no supermercado por R$20,00), o sling e alguns produtos de farmácia.

Mas, por mim, ela chegava hoje mesmo e dormia peladinha, só com uma fralda descartável, na minha cama. Afinal, do que mais um bebê precisa?

+++

E ontem, na feira da gestante, risquei mais uns itens da lista do enxoval. Pra quem achava que caro é berço e carrinho, esperem só até comprar as roupas íntimas super-ultra-sexies que você vai usar no pós-parto! Credo! Quase 500 mangos em cintas, calcinhas, sutiãs (marido mandou escrever assim, em vez do chique soutien que eu usava) e uma camisola. E olha que tava tudo na “promoção”.

E a lesa aqui vai à feira com uma lista de quatro ou cinco itens e chega na lojinha:

- Tem sutiã de amamentação?
(...mostra aqui, prova acolá, de quantos precisa?, ok vou levar...)
- E calcinhas, você já tem?
- Hem? Minhas calcinhas ainda me servem e meu quadril já parou de crescer.
- Mas eu digo pro pós parto.
- Ah. Precisa, é?
- É de compressão, segura a barriga.
- Nossa, igual à da vovó.
(...mostra aqui, imagina se vai servir porque não dá pra provar, de quantas precisa?, ok vou levar...)
- E cinta, você já tem?
- Cinta? Ah, ouvi falar que isso é só mesmo pra nossa auto-estima...

Cliente super pão dura liga pra mãe no meio da loja: “Mãe, essa cinta aqui que a moça ta querendo me vender: precisa disso?”

É claro que ela disse que precisava. E é claro que eu continuo sem acreditar que aquilo vai ter o poder de recolocar minha barriga no lugar. Mas é como eu sempre digo: mãe a gente tem de obedecer. Se ela diz pra levar um casaco em pleno verão, sol de rachar, e você não leva, neva. Se ela manda comprar a cinta e você não compra, sabe lá o que pode acontecer...

- Ok, vou levar.

Pagamento feito, lá vamos nós com a sacola na mão e a conta bancária arrebentada, quando a vendedora solta:

- E já tem camisola pra maternidade, e pra amamentar?

Céus, a camisola. Ela tava na lista.

- Não vi nada muito do meu gosto.
- Mas tá na promoção. Tem de cetim, de algodão e de malha fria.
- Malha fria, é? Deixa eu ver.

E juro que só comprei essa e que vou andar pelada em casa depois que ela nascer.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Esperando janeiro

Adorei o mês que minha filha escolheu pra nascer.

Entramos em novembro e agora começa todo aquele clima de fim de ano. Inclusive já comprei uns enfeitezinhos de natal novos pra minha árvore, porque este ano quero celebrar o natal na minha casa. E motivos para celebrar não faltam.

Adoro o fim do ano. É um ciclo que se encerra, um período de avaliação do que fizemos, do que recebemos, das dificuldades pelas quais passamos. Ao poucos, as pessoas vão entrando em clima de férias – mesmo aquelas que não vão tirar férias. Parece que as coisas ficam mais leves; o coração se volta para as festas.

Sempre achei uma maluquice o ano letivo no hemisfério norte. Não consigo imaginar virar o ano sem umas férias de verdade e continuar fazendo as mesmas coisas, seguindo num ano com barras (2009/2010). Alguns gringos dizem que é maluco passar o natal no verão. Pois eu não vejo nada de maluco. Aqui, o ano novo é novo mesmo.

Há alguns anos, contudo, venho tendo um sério problema com a virada. É difícil de explicar. Quando chega dia 31 de dezembro, quero que tudo pare, e que eu fique pra sempre naquele ano velho que, por mais difícil que tenha sido, acabou.

Começou no ano da minha formatura. Passei o réveillon chorando, sem saber como seria meu futuro. Depois, comecei a maratona de trabalho integral e mais uma graduação, e creio que o cansaço me deixou meio deprimida em todos os anos novos que se sucederam até hoje. Acho que isso aconteceu porque os anos iam acabando e o ano seguinte não me mostrava nenhuma perspectiva. Não é que os anos tenham sido ruins (o mais difícil ,definitivamente, foi 2008); mas é que eu só conseguia olhar pra trás. Nunca pra frente.

Dessa vez é diferente. Tenho uma enorme perspectiva para o ano que vem: por volta de duas semanas depois do ano novo, terei nos braços minha menininha. E se a vida começa pra ela, uma nova vida começa pra mim, e pra nós, meu marido e eu.

Chegou novembro e estou mais que em clima de natal. Mais que em clima de fim de ano. Estou em clima de Emília.
+++

OBS.: Não, não corre o risco de ela nascer em dezembro, no meio das festas. Se tudo correr bem e eu tiver o parto a termo, ela só vem ao mundo a partir do dia 5/01, quando completo as 38 semanas.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pra não dizer que só falei de flores

Ao lado do Fantástico mundo de Lia, existem também fantasias tenebrosas na minha cabeça. Algumas verdades tipo Lei de Murphy com as quais eu já me conformei:

- O cocô vai feder pacas, vai estar em todos os lugares, em todas as horas, vai criar vida, subir pelas paredes, soterrar minha casa como um lamaçal. (algumas pessoas já sabem: tenho PAVOR de cocô! Me peçam uma endoscopia, um papa nicolau, me furem com todas as agulhas do mundo mas não me peçam um exame de fezes).
- Uma hora ela vai, inevitavelmente, dar chilique em algum lugar público, gritar, espernear, ficar vermelha, e eu vou pagar o maior micão.
- Ela vai arrumar pelo menos um namorado intratável.
- Se eu tiver meninos depois, algum vai capotar o carro, ou ser preso por dirigir alcoolizado ou fazer qualquer outra besteira que tenha a ver com direção.

É. Mas eu ainda acho que vale a pena. E continuo achando o cocô a pior parte.

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