segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mãe de quê?

- Você tem cara de mãe de menino.

Dei uma risada. Tem isso, é? O sexo aparece na cara da mãe?

Era uma colega de trabalho que eu não via há alguns meses. Topando com ela no corredor (ela tem uma filha de 2 anos e algo), contei a novidade. E aí ela disse que eu tinha cara de mãe de menino. Antes de responder, ainda tive tempo de pensar: “Meu Deus, coitada da minha sogra.” Então rebati:

- Pode ser, mas eu quero ter três. Acho que vem dos dois, né?

E ela não foi a única. Notícia recém espalhada, recebo um lindo presente da minha tia Bernadete: um body amarelinho com um sapatinho e uma luva combinando. Coisa fofa. Pensei: unissex, muito bem. Então olhei bem os detalhes e mudei de ideia. Estampadas, a imagem de um mocinho de gravata e de um bebezinho com cabelos espetados no alto da cabeça. Olhei, re-olhei, e cheguei à conclusão:

- Tia, você me deu uma roupa de menino.
- Mas é amarelo! Era pra ser unissex.

Depois ela confessou:

- Achei que era unissex, mas no fundo eu acho que você vai ter um menino. O Evilásio (filho dela) vai ter uma menina, mas você vai ter um menino.

Minha sogra também se conformou: “Vai ser homem, tenho certeza!”. Ela sempre quis ter uma menina – a Paula –, mas vieram três menininhos fofos. Durante os últimos anos, só falava da neta dela. Comprou até uma meinha de florzinha, isso antes de eu casar com o Rafael! E agora que a vinda do primeiro neto se confirmou, ela preferiu se desiludir desde já, para evitar decepções.

Pessoalmente, quero ter dos dois. Deve ser uma experiência muito diferente criar meninos e meninas. As coisas de meninas costumam ser mais bonitinhas (aqueles bonequinhos de monstro são um horror!). Por outro lado, quando eles crescem, acho o máximo uma mãe com os filhões do lado. Como minha sogra.

Por enquanto, só posso achar graça dos palpites. Afinal, ainda falta muito tempo pra sabermos mãe de quê eu serei de fato...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Tomate cereja

A Eline (mãe do Pedro, de 7 meses) disse que, com 10 semanas, ele tem o tamanho de um tomate cereja.

Meu deus! E eu achava que a imagem que eu tinha de uma bola de gude já estava super dimensionada! Fiquei impressionada. Um tomate cereja. Enorme, deveras enorme.

Com esse tamanho todo então ele já deve ter bracinhos e perninhas visíveis. Já deve dar pra diferenciar a cabeça do corpo (tarefa quase impossível no ultrassom de 8 semanas). É um incentivo para eu me animar a fazer a ecografia que eu queria pular – a translucência nucal.

Acho que, a partir de agora, toda vez que eu comer um tomate cereja vou ficar imaginando aquela bolona dentro de mim... até aparecer a Eline de novo e me dizer: “Agora ele está do tamanho de uma laranja!”

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sentimentos de uma recém-grávida

Minha concepção foi planejada e aguardada. Tomei todos os cuidados e fiquei na expectativa. A partir do dia em que a minha menstruação deveria vir, surtei, chorei, me descabelei, sem saber se estava grávida, torcendo por isso mas morrendo de medo de ser apenas um atraso – que também bagunçaria meu calendário super controlado. De quinta, quando era para a M ter vindo, até domingo, quando fiz o teste, dormi super mal. A cada dia acordava mais cedo – 6h, 5h, 4h50 – e não conseguia pegar no sono de novo. Depois de toda essa ansiedade, o que se esperaria de um resultado positivo? Uma alegria imensurável, uma empolgação sem fim. Um visita à lojinha de bebês no dia seguinte, o começo de vastas pesquisas sobre gravidez, lactação e criação de filhos.

Esperava que meu entusiasmo fosse maior, ou pelo menos igual, ao que eu tinha quando estava tentando. Mas não foi isso que aconteceu. Por uns dois dias, não li absolutamente nada sobre maternidade. Depois fui retomando as pesquisas aos poucos, mas com um pouco de tédio. Contei a notícia ainda naquele domingo para a família, mas não foi difícil resistir à tentação de espalhá-la imediatamente para os amigos. O Rafael, meu pai, minhas irmãs, minha sogra, meus cunhados, todos loucos pra contar ao mundo, e eu, super tranquila, decidida a esperar.

A verdade é que eu não me sentia nada grávida. Meus seios aumentaram um pouco e os mamilos adquiriram aquele aspecto inusitado de bico, novidade pra mim. Notei as unhas um pouco mais fortes. Fora isso, absolutamente nada.

Ter o resultado positivo, primeiro pelo teste de farmácia e depois pelo Beta, me fez entender que o período de tentativas estava encerrado. Ficar atenta ao calendário, observar o muco, tudo isso agora era desnecessário. Mas, e depois? Parece que a próxima etapa demoraria um pouco a vir, como quando você passa no vestibular, tem a sensação de missão cumprida, mas espera meses pras aulas começarem.

Foi assim que me senti nas primeiras semanas da minha gestação, completamente alheia ao milagre que vinha acontecendo dentro de mim... sabendo de tudo com a razão, mas com o coração ainda muito longe de compreender tudo aquilo.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

No princípio

Era pra ser tudo diferente. Comecei a rabiscar uns textos pra lidar melhor com a ansiedade que surge naturalmente quando decidimos fazer um filho. A intenção era torná-los públicos, mas fui escrevendo sem muita censura enquanto não criava um blog para divulgá-los.

Depois, não muito depois, tudo aconteceu. Duas listras no teste de farmácia. E foi aí que tudo mudou.

O desejo de blogar minguou. A curiosidade que me levava a pesquisar em dezenas de sites e blogs sobre concepção, gestação e maternidade foi substituída por uma enorme preguiça. Os sentimentos que relatava naqueles textos tornaram-se estranhos, e morreram em alguma pasta no meu HD.

Agora sou outra. Calma como nunca estive. E com essa renovação dentro de mim, acabei preferindo textos fresquinhos para o blog. Não todos, porque alguns que escrevi naquela época são atemporais.

Enfim, vamos ver o que acontece daqui pra frente, e pra onde o coração (ou o embrião) nos leva...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Pronto, fiz.

A Brenda sugeriu: “por que você não faz um blog?”. A Luiza incentivou, dizendo que muita gente ia gostar de ler o que tenho a compartilhar. Hesitei, adiei, mas acabei fazendo, sem saber se ia conseguir atualizá-lo periodicamente, sem saber por quanto tempo ia ter assunto, sem saber o rumo que ele iria tomar.

Agora está feito. Bem-vindos (as).

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