Estavam rodando a nova novela das seis em Pirenópolis de Goiás (e foi pra lá que eu fui!). E não é que os globais estavam hospedados justamente na nossa pousada?
Café da manhã, mesa com Cléo Pires, Edson Celulari, outro cara aparentemente super famoso, porque todo mundo pedia pra tirar foto com ele mas que eu desconhecia completamente, e um quarto elemento desconhecido de fato. E se você não é carioca, nunca encontrou com uma celebridade e acha que eles só conversam sobre joias e viagens à Europa, saiba que os papos à mesa são dos mais triviais:
Cara famoso que eu não conheço: - O Rottweiler é um cachorro muito companheiro...
Celulari: - Mas ele é traiçoeiro...
Cléo: - Ai, um dia desses vi um filhote de Pinscher, que fofura!
(...)
Celulari, apontando pra camisa do cara famoso com a gravura “Che Madruga”: - O que é essa sua camisa? É o Madruga, do Comando da Madrugada?
Cara famoso: - Não, esse é o Seu Madruga, do Chaves.
Celulari: - Ah, não é da minha época.
Passo ao lado com Emília e a Cléo exclama, com a cara mais comovida do que quando falava do Pinscher:
- Ai, que bonitinha!
Eu dou aquele sorrisinho orgulhoso de mãe e o Rafael segue em frente como se nada tivesse acontecido. Mas que fique registrado que a Cléo Pires babou pela Emília.
No dia seguinte, quase atropelei a Laura Cardoso com o carrinho de bebê. Sai do meio, celebridade, que Emília vai passar!
Emília e a comida – mamãe Nestlé e maçã no dente
Eis-me aqui para confirmar o que dizem milhares de mãe: os bebês adoram papinhas Nestlé. E Emília não é diferente: se acabou naquela porcaria com cheiro de tempero de Miojo. Quando eu digo se acabou, digo que ela comeu mais ou menos 1/10 do potinho – uma refeição de glutão pra ela. Experimentei, não achei ruim não. Mas tem mega gosto e cheiro de coisa industrializada, extrato de tomate Cica, Sazon, sei lá. Em todo caso, a Nestlé se mostrou quase uma segunda mãe. Mas só em viagens, tá? (Até porque só existe uma opção de sabor sem carne.)
E pra não me desmoralizar, ela comeu bem as papinhas congeladas que eu levei, feitas por moi e temperadas com umas ervas no azeite do buffet do restaurante. Mas necas de comer fruta. Daí dei a maçã pra ela brincar, depois de eu mesma morder um pedaço, e o que faz Emília? Começa a comer a maçã sozinha, raspando com os dentinhos que ela tem embaixo e chupando! Gente, não é encenação: fruta agora só no dente. Não é que os vilõezinhos servem pra algo além de enfeitar e me morder os mamilos?
Emília e a cachoeira
A água ela achou fria demais, e não quis entrar. A gente entendeu. Mas ficou olhando e apreciando o barulhão.
No segundo dia, a água estava menos gelada e ela aceitou pôr os pezinhos. Novembro na praia eu te dou um caldo, dona Emília!
O bem que isso faz
O saldo da viagem foi uma família radiante. Emília num bom humor sem fim, papai e mamãe felizes, felizes. Foi um marco pra nós. Acabou bebezinha. Agora Emília curte com a gente, faz trilha no mato (ok, só 400m), dorme bem em berços estranhos, mama em birosca de beira de estrada.
Essa idade (seis meses e meio) é maravilhosa pra viajar. O bebê já curte, já percebe bem as novidades, sente um cheirinho de férias e relaxa junto com a gente. A gente também já não está tão preocupada com questões de higiene, roupa de cama lavada com sabão de coco, banheira esterilizada e essas frescuras.Por outro lado, como ela ainda mama uns 95% do que come, em caso de emergência sempre tem o peito à disposição, o que facilita demais. Na volta os horários ficaram um pouco bagunçados e tive de pular a papinha do almoço, porque estávamos na estrada e não tinha onde esquentar (alou, Dr. Pediatra, não me mate!). Ela obviamente nem sentiu falta e ficou mais que feliz com o mamazinho.
Enfim, recomendo demais. Adorei nossas primeiras férias em família. E fica aí um videozinho com a alegria da moça.