Ontem meu marido e eu estávamos desembalando as caixas de livros (acabamos de nos mudar) e gastamos um tempinho folheando alguns dos quase 30 livros que a Emília já tem (paramos! falência completa! agora só compramos mais depois que ela crescer um pouco... ou quando aparecer uma promoção irresistível, né?).
Então pensei em passar por aqui e dar também a minha contribuição para a campanha da semana da leitura e da literatura que anda bombando pelos blogs maternos (peloscotovelosecotovelinhos, meuprojetinhodevida.blogspot.com, mamaeantenada.blogspot.com
devaneiosdemae.blogspot.com e http://pequenoguiapratico.blogspot.com/. Desculpem se equeci alguém!).
Não vou falar muito porque ainda não tive a experiência de ler para uma criança e de ver isso se transformar num hábito para a vida. Tive, sim, a experiência de ouvir meus pais lendo para mim, ou simplesmente contando histórias, e de receber sempre um sim quando queria comprar um livro. O resultado? Um quarto cheio de caixas pra organizar... ó, céus!
Pois meu marido, encantado com um livro mais lindo que o outro, perguntou: "Amor, será que a Milha vai gostar? E se ela não gostar de livros?".
Minha resposta foi: "Impossível". Não porque os livros são irresistivelmente lindos, mas simplesmente porque acredito que todo ser humano nasce com um amor intrínseco pelas histórias. A fantasia é natural do homem.
Mas então por que a maioria das pessoas no Brasil não gosta de ler?
Acredito que nascemos com essa atração natural pelas histórias, mas isso acaba sendo atrofiado muitas vezes por falta de estímulo dos pais, da escola, da sociedade em geral. Nas culturas onde não há escrita, as histórias são narradas oralmente em eventos sociais e passadas de geração a geração. E na nossa sociedade, mesmo que os livros estejam mofando nas bibliotecas, quem é que não adora uma novelinha ou um filme bobo? Histórias. Claro, num nível de elaboração totalmente diferente. Mas o homem não vive sem a fantasia.
Acredito que quem não gosta de ler simplesmente não experimentou a delícia dos livros no momento em que aquela janela estava aberta, e acabou se acomodando a formas mais fáceis de recepção, a enredos pouco complexos, a informações verbais e visuais básicas. Não tem nada de científico no que estou dizendo; é simplesmente intuitivo.
E tenho certeza que a Emília vai amar os livros.
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Há 2 meses
6 comentários:
Lia, que coincidência!
Semana passada mesmo estava falando sobre isso com meu marido, mas nós ainda nao compramos NENHUM livro pra Bea porque não sabemos com que idade ela irá se interessar por eles...
Apesar de jám contarmos histórias pra ela e de pretender ler com ela desde que nascer...
Vc bem que podia falar sobre os livros que comprou pra pequena, heim!
Que tal?
bjs
Lia, fico feliz de saber que o incentivo na sua casa vem desde a barriga. É uma pena que haja ainda muita falta de acesso e incentivo à literatura de qualidade, mas sou otimista de que um dia esse cenário irá mudar. Obrigada pela contribuição nessa semana tão especial.
Lia, não tenha dúvida que ela vai amar os livros.
Só o que muda é o interesse a cada fase. Não adianta querer que uma criança de um ano se concentre em uma história longa, porque você vai se frustar. Mas se for seguindo cada etapa adequada para a criança, ela certamente vai amar. Luísa agora quer "hitólia" todos os dias antes de dormir. E agora já começa a prestar mais atenção, faz perguntas, interage. Você não sabe o tamanho do meu orgulho.
Beijos
Lia, a ciça também já tinha uma biblioteca antes de nascer. Com um estímulo destes (e pais interessados e que se disponham a ler sempre para elas), como não gostar, né?
nossa, vc me fez lembrar de uma coisa que tinha esquecido: minha mãe sempre dizia que a gente não ia ganhar tudo o que quisesse, mas livros ela não negaria nunca. era o único presente com que podíamos contar sempre!
espertonas nossas mães, hein?
beijo
todo esse estímulo será meio caminho andado pra ela ser uma leitora e tanto! ainda mais com esse nome literário!!
beijo
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