Grávida sem barriga. Entrar ou não entrar na preferencial? Eis a questão. No comecinho da gestação, preferi continuar a vida normal, até porque como não sentia mal estar nenhum, não me achava menos capacitada a esperar que os demais. E ainda tinha o Rafael que dizia: “Mas esse negócio de preferencial é pra qualquer grávida ou só pra grávida com barriga?” Sem comentários, né?
Enfim. Semana passada, como já disse, tive dois contratempos médicos: um torcicolo e, em seguida, uma provável virose que me trouxe febre e dores no corpo. O pronto-socorro foi indispensável – no primeiro caso, porque meu ortopedista só poderia me atender uma semana depois e, no segundo, porque era domingo. E hospital vocês já sabem: mesmo particular, o básico é esperar 1h. E eu já fui determinada: desta vez, não vou esperar.
Primeira visita ao pronto-socorro, terça de manhã. Cheguei já encoleirada (leia-se: usando o colar cervical) e com uma blusa soltinha. Olhei os guichês de atendimento e fiquei procurando a fila preferencial. “Posso ajudar?”, disse uma mocinha simpática. O hospital tinha mudado o esquema de senhas e trocado aquele rolo mecânico por uma máquina digital. Ou seja, nada mais de senha para os mortais e fila para atendimento preferencial: agora havia senhas específicas para cada caso. Muito mais adequado do que aquela farofa de gente na fila, velhinhos, pessoas de muleta, grávidas barrigudas e famílias com uma penca de crianças chorando no colo, todos esperando atendimento em pé. Nesses casos, às vezes é até preferível pegar uma senha normal e esperar sentadinho. “Atendimento para gestante, por favor”, respondi. Imaginei que a moça ia me olhar torto, de repente pedir um comprovante da gestação, mas nada. Tirou na hora a senha preferencial e eu fui sentar-me confortavelmente na sala de espera. Depois de um ou dois minutos, fui chamada ao guichê. Aaaaaah, que maravilha! Primeira experiência com atendimento preferencial, nota dez! No domingo, quando voltei ao pronto-socorro, foi igualmente tranqüilo, até porque eu já conhecia o esquema.
Agora que eu estava me sentido super preferencial, resolvi finalmente pedir uma credencial para usar as vagas especiais no estacionamento do meu trabalho. Normalmente eu não preciso disso, porque chego cedo e sempre acho boas vagas. Mas sexta que vem vou fazer um ultrassom de manhã e não faço a menor ideia se haverá vagas quando eu chegar. Consultei a Gerência de Logística para confirmar se havia de fato vagas reservadas para gestantes e fui fazer meu cadastro. Levei meu Beta para provar o que minha barriga não podia provar, mas não foi necessário. Recebi na hora um papelão azul plastificado com o desenho de um bonequinho com muletas... Grávida, manca, quem se importa?
Sei que muitas grávidas têm péssimas experiências de atendimento preferencial pra contar, mas até agora acho que me dei bem por um motivo: quando vejo que o lugar é zoneado, tipo não tem senhas específicas pra cada caso, já nem me arrisco. Talvez, quando tiver alguma barriga, eu me arrisque. Aí conto pra vocês.
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Há 2 meses
3 comentários:
Tenho, mas é segredo, viu?! Tanto que eu nem escrevo nome de ninguém, e nem o meu! Hehehehehehhe...
Bjus
o pior é quando a gente tem aquela semi-barriga de 4, 5 meses e as pessoas olham desconfiadas pensando que é uma barriga sem-vergonha de chopp.
(mentira, pior ainda é quando é de fato barriga de chopp e as pessoas cedem o lugar no ônibus...)
Vc que é amiga da Lidia, né?
Bjs
Oi, Mari! Que prazer receber um comentário da autora de um dos meus blogs favoritos! Sou eu, sim, a amiga da Lídia. É uma honra ter você por aqui!
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