Quanto mais passeio por blogs de mães, mais desesperada fico com a quantidade de informação. Não são informações desnecessárias: são relatos de situações reais que envolvem toda criança. Vestir, trocar, botar para dormir, alimentar, viajar com um bebê. Aí tem os mil itens que jamais existiram na minha casa, alguns cujos nomes eu desconheço, e que eu nunca podia imaginar que seriam necessários. Quando penso em bebê, penso: berço, roupinhas, fralda, penico. Pronto. E aí tenho certeza que vai ser tudo um grande desastre.
Por um lado, sinto vontade de pesquisar mais, comprar uns livros, fazer aqueles cursos de mãe, trocar ideias com outras mães. Por outro, acho que tudo vai dar certo na hora e que a intuição vai falar mais alto.
A gente decide ser mãe pela fé. Por melhores que sejam nossas condições – marido, casa própria, emprego estável, licença maternidade –, sempre há uma incerteza quanto ao futuro.
Eu, por exemplo, não faço a menor ideia do que vou fazer quando acabar minha licença maternidade. Trabalho 8h por dia e tenho fobia de babá, empregada, ou qualquer pessoa que viva na minha casa mais de dois dias por semana. Os planos iniciais são creche integral e diarista. Mas e quando a criança ficar doente e não puder ir à creche? Minha mãe já avisou: “Não me venha trazer menino doente! Eu odeio doença!” A verdade é que não sei.
E ainda tem os meus sonhos profissionais. Eu queria fazer mestrado, virar uma tradutora de verdade e arrumar um emprego de 6 ou 7h. No meu mundo ideal, eu teria filhos no seguinte cenário: mestre, tradutora juramentada, trabalhando feliz em casa. E, claro, com os meus mesmos 27 anos (se fosse 26, melhor ainda). Mas o cenário nunca vai ser o ideal, então a gente tem de meter as caras mesmo.
Quem é cristão conhece aquela história em que Pedro, a convite de Jesus, anda sobre as águas. Minha irmã lembrou essa imagem ontem e eu acho que ela se aplica perfeitamente à maternidade. Você olha racionalmente e tem certeza que não dá, que vai afundar. Mas, pela fé, você mete o pé na água e anda.
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Há 2 meses
6 comentários:
Vai na fé que dá certo. Como eu penso, filho é um presente de Deus, e Ele não nos dá nenhum presente sem que possamos recebê-lo. E na boa, esse é o melhor presente que alguém pode receber. São herança de Deus. Dúvidas a gente tem até pra cortar o cabelo, quem dirá pra uma empreitada desse tamanho... Mas acho que faz parte. Fora que você ainda tem bem uns 7 meses pra aproveitar e conversar bastante, ler bastante, festejar essa barriga que daqui uns dias tá enorme de linda. A hora que vier, será a hora certa. E com certeza você já vai tá mais preparada que hoje!
Bjus
quer saber? a gente pensa demais quando fica grávida... eu tinha tantas nóias... mas tudo dá certo no final!! a gente aprende na marra, não tem jeito! e rola muito a intuição também, como você falou. E sabe o que mais? A gente dá um jeito de conciliar a curtição do filhote e o retorno à vida profissional (em outro ritmo, claro!). Meu filhote está com 1 ano e 3 meses, e já começo a retomar minha vida acadêmica... quero fazer doutorado... Até agora estava em um trabalho meio período... enfim, tudo se ajeita, relaxa e aproveita esse bebê crescendo aí dentro!
(desculpe chegar assim de repente e já postar um comentário gigante, mas me identifiquei bastante com esse seu post!)
Oi, Thaís! É sempre um prazer receber comentários tão solidários, independente do tamanho do texto ou da familiaridade do autor. Seja bem-vinda!
Fique tranquila e não sofra pelo que ainda não aconteceu. Isso é o mais importante para que tudo dê certo.
E pode ter certeza que você vai dar conta de tudo, sim. Vai apanhar um pouco a cada nova fase, mas loguinho fica craque.
Bjs,
Roberta
Lia,
eu penso que ninguém sabe mais do filho que a própria mãe. Assim, sigo minha intuição, mais do que tudo, pra criar a Mariana e tomar as decisões que eu considero mais acertadas.
Confie no seu taco!
Ah! Não fiz curso de gestante, não comprei livro de grávida, jamais tinha trocado uma fralda e na hora, tudo deu certo!!!
bjs
Lia, adorei a comparação!!!
Hehehe
Perfeita!
A gente não tem certeza de nada na vida. Nem quando faz mestrado tem certeza de que vai chegar ao fim, nem quando atravessa a rua sabe se vai chegar ao outro lado. A única certeza que dá pra ter é que quando a gente tá feliz, as coisas fluem.
Com fé, a gente chega onde quer!
Beijinhos
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