Ela incomoda pacas, mas me apeguei a ela. Ontem senti umas pontadas na lombar e no intestino, tipo cólica menstrual, por causa dela. Tive de deitar de lado e amarrar uma bolsa de água quente nas costas, pra depois completar o trato com uma massagem do marido.
Por causa dela, levantar é um sufoco. É como virar de um lado pro outro segurando um saco de batatas de dez quilos. E pra pôr os pés no chão preciso jogar uma perna, depois a outra, fazendo uma curva como se estivesse saltando um obstáculo.
Ela me força a manter distância das bancadas, pedir licença toda vez que preciso me deslocar entre várias pessoas e usar sempre as mesmas roupas, porque quase nada me cabe.
Ela é um saco, mas está sendo um custo me despedir. Ela, a barriga.
Tenho a sensação de que ela desceu mais no dia 31, e ontem alguma coisa a mais deve ter acontecido pra me causar aquela dor aguda nas costas. Ela já não está tão bonita, empinadinha. Parece mais a pança do Seu Boneco, substituindo o chopp por uma bola de basquete.
Quando ando, ela sacode de um lado pro outro, num movimento amplo. E sentar de pernas fechadas é impossível, porque ela está muito mais baixa que minhas coxas.
***
Quando não tinha barriga, invejava aquelas gravidonas salientes. E quando fiquei saliente, passei a invejar as mães com seus bebês e crianças. Não grávida, queria estar grávida. Grávida, queria ser mãe. E agora que estou prestes a ser mãe, quero ser grávida outra vez.
***
Nas últimas semanas, apareceram várias grávidas aqui pela blogosfera. E eu, achando tudo lindo e morrendo de inveja. Como se eu não estivesse grávida. Assim como desejei tanto ser a mãe que todas eram, contar as histórias do seu bebê, compartilhar como foi o parto e falar sobre amamentação. Agora desejo congelar este momento: esta barriga enorme e caída, o quarto dela montado, a mala da maternidade no chão, o bebê conforto vazio no carro. Eu, deitada de lado, com uma bolsa de água quente amarrada nas costas. Um movimento intenso no meu ventre, a sensação de que minha bexiga está sendo pisoteada.
Uma semana. Duas, talvez. Três, no máximo. E ela não estará mais dentro de mim. Ela, a Emília.
Fico pensando como será a primeira vez que eu colocar a mão sobre meu umbigo. Fico pensando como será sentir a pele flácida e o ventre vazio.
No fundo, sei que nada disso importará, porque ela estará nos meus braços. E sei que isto será muito melhor que a sentir aqui dentro.
Mas quero tudo. E custa me despedir da barriga.
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Há 2 meses
13 comentários:
Isso é verdade.. a gente sempre quer o que já passou... morro de saudade de quando estava grávida... e tb de quando Ana Luísa ficava quietinha deitada sobre meu peito...
Mas é só sentar um pouco que a vontade passa!! :) tô brincando... cada fase é uma fase.. e só nos resta curtir muitooooo, pq realmente passa muitooooo rápido!!!
Bjinhos e se cuide!
Se Deus quiser, vc ainda vai ficar grávida váááááárias vezes ;)
Ahhh eu tambem tenho essa sensação.
Um amigo disse que a gravidez é mesmo fantástica, não bastasse os 9 maravilhosos meses que passamos esperando, quando acaba, ainda ganhamos um bebê de "brinde"....rs!
Beijos
É verdade, a gente sente saudade de todas as fases. Ontem vendo umas fotos da Gabi bebê, me deu uma saudade.... Ainda bem que em março chega o Pedro para começar tudo de novo!
Mil vezes o bebê nos braços. É o melhor momento, o ápice, mesmo com a barriga caidona, eu acho.
Beijos
Eu tenho saudades da barriga até hj, se pudesse seria uma eterna grávida (de 5 ou 6 meses claro, final de gestação não, nem pensar). Bebê no colo é o máximo, o melhor, incrível, indescritível...Mas o que dizer de quando eles enlaçam o nosso pescoço com aqueles braçinhos miúdos?
Ah! cada fase é única e vai deixando uma saudades!
Pois é, menina, vc viu como a barriga cresceu? Até que dor nas costas não tenho sentido muito, mas falta de ar, nem te conto! Pra piorar a situação, peguei uma gripe que não está me deixando dormir, completando minha falta de ar. Tá dificil.
Nossa, então falta pouquinho pra Emilia nascer! Te desejo boa sorte, que seu parto seja do jeitinho que vc quer e que a Emilia venha cheia de saúde.
Beijos
Me despedi da minha feliz da vida, e não tenho saudades...ahahahaha
Muito, mas muito melhor, o Arthur em meus braços!
Beijo grande, querida!
E que venga Emília, cheia de saude e alegria!!!
hummm... eu tô morrendo de saudade de estar grávida, ainda mais com essa onda de gravidezes (é assim que fala???) na blogosfera... mas, sinceramente, foi MUITO ESTRANHO o primeiro banho que tomei sem a barriga... eu ficava acariciando aquela pança mole, chorando de alegria por saber que meu bebezico estava dormindo na minha cama, e ao mesmo tempo de melancolia pela falta da barriga... foi maluco. Mas foi só nesse momento, depois praticamente me esqueci da barriga, e só fui sentir saudade de ser mulher barriguda (grávida, né, porque barriguda sempre fui e ficou pior depois da gravidez... hohoho) mais recentemente...
cada uma tem sua piração, saem as nóias de grávida, entram as nóias de mãe... enjoy it!!
beijoca
Oi Lia
Quem será que perde a barriga antes, eu ou você? Não acho nada que controle a minha ansiedade. Esse fim de gravidez está servindo para testar toda a minha paciência. Adoro a minha barriga, mas quero logo a Mariana nos meus braços.
Bjs
Lu
Saudades da barriga não tive até hoje...mas da Mariana mexendo lá dentro...moooorro de saudades! aproveite esses últimos momentos. Não tem melhor sensação, na minha opinião!
bjs
Lia,
Também sinto saudades de minha barriga e dos meu pés gordinhos...
Como o Rei já vai fazer 3 anos em 2010 vou ver se me animo a fazer outro...
Ah, sobre o post acima, reta final né? Dá logo a senha e o login do blog pro maridão colocar a foto em primeira mão pra gente aqui.
Bjos
Deus abençoe grandemente. Um ano que começa com uma filha não pode ser ruim. Só alegrias. Vc vai ver.
Mais uma nova grávida no seu blog.
Está quase chegando heim?!
Que mega ansiedade.
Eu estou com 33 semanas e estou começando a ficar ansiosa já.
Mas respiro fundo e vou que vou esperar a hora da Laura.
E saudades da barriga? Ahhh.. com certeza!
Bjos.
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