quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Emília também chora

Começou na noite de domingo pra segunda. Ela fez uns barulhos diferentes, mas nada muito fora do normal. Acordou só uma vez de madrugada para mamar, como sempre, e amanheceu boazinha no berço. De manhã notei que ela tava com uma corzinha estranha, meio roxinha. Também estava meio arredia. Não aguentava ficar muito tempo no mesmo lugar, reclamava, pedia colo, mas não gostava se a posição não fosse exatamente a que ela queria.

Por causa da cor e da carinha de desconforto, achei que ela estava engasgada, sei lá. Daí dei uns tapinhas nas costas, ela continuou meio mais pra lá que pra cá, mas nada grave. Até que ela foi mamar e deu aquela vomitada. A partir daí começou a choradeira. Era um choro bem particular. Começava do nada e se transformava rapidamente em berros. Supusemos que era de dor, e meu diagnóstico foi: refluxo. Ela só se acalmava na posição vertical e passou a mamar bem pouquinho, no máximo 5 minutos por vez. Eu não quis forçar pra ver se ela melhorava mamando em menores quantidades (ela mama super rápido, é mais de uma sugada por segundo. Em questão de minutos ela já chega no leite gordo e meu peito fica molinho).

Foi a maior canseira, porque tivemos de passar quase o dia inteiro segurando ela na vertical. À noite ela parecia melhor. O banho foi tranquilo e ela conseguiu relaxar. Dormiu 6 horas direto até a 1h, quando acordou pra mamar. Depois acordou de novo às 3h e às 6h, e supus que era porque tinha mamado pouco durante o dia depois do vomitão.

Pra contribuir com a recuperação da nossa pequena, fomos levá-la pra tomar vacinas na terça de manhã (ui!). Ela ficou super boazinha lá no posto de saúde, e achamos que ela já estava ficando boa. Quer dizer: mãe sempre exagera as coisas, né? Nós, na sala de vacinação:

eu: Amor, acho que ela tá meio verde.
ele: Claro que ela tá verde. A parede da sala é verde. Você tá verde. Eu não tô verde?
eu: Acho que sim...

Claro que ela berrou com força na vacina da hepatite. E o resto do dia não foi aquela maravilha. Reação da vacina? Mais refluxo? A gente não sabe. Ela ficou menos ruizinha que na véspera, mais fácil de acalmar. Mas ainda assim deu canseira. A noite seguinte foi melhor. Acordou duas vezes, mas a segunda vez foi só às 5h - o que já é praticamente de manhã.

Hoje ela já era outra pessoa. Voltou nossa velha Emília boazinha, sorridente e com os olhões abertos. Ainda estou meio ressabiada com essa história do refluxo, e por via das dúvidas estamos segurando ela mais tempo nos ombros depois das mamadas e estou evitando amamentar deitada. Estamos até tentando trocar a fralda meio de ladinho pra evitar deixar as pernas dela levantadas por muito tempo.

O Rafael acha que na segunda ela teve refluxo e que na terça ela estava melhor mas ainda estava assustada, com a memória da dor. Daí toda vez que tinha um golfinho ela ficava com medo. Uma explicação bem psicológica, de repente faz sentido.

Só sei que foi um aperto no coração, chorei um monte. Dá muita dó ver uma criancinha tão indefesa sofrendo e não poder fazer nada. Mas, enfim, foi a paparicação total, demos a ela todo o conforto que podíamos. E hoje ela está lá, toda independente, observando atenta o pára-sol do carrinho. Bem-vinda de volta, minha filha!

13 comentários:

Fabiana disse...

Não tem jeito: cada dia é uma nova emoção e assim vcs vão fazendo a história.
O importante vcs têm feito: paciência e dedicação.

Bjos.

Tati Schiavini disse...

O primeiro "susto" a gente não esquece. Mas, se Deus quiser, não há de ser refluxo, só um mal estar. Boa sorte! Beijo.
www.comtdetati.blogspot.com

Paloma Varón disse...

Tem que ficar observando e garantir que ela arrote bem. Se for refluxo, não é o fim do mundo. E passa!
Beijos

Dani Balan disse...

Oooooo dó! Fico com o coração na mão até hoje quando Nina fica dodói. Não consigo mudar Lia... Qualquer febre, incômodo ou coisa parecida, meu coração se aperta. Viu, acho que essa sensação é meio inerente à condição de mãe, né! Fique tranquila, vai passar...já passou!
Beijo!
Dani

Clara Viegas Miranda disse...

Tadinha da Mimi!! Eu teria ligado para a pediatra!! Aiiii

Patricia disse...

Ai Lia, dói na gente, né?
Mas que bom que passou! Nada como um dia após o outro.
beijos

Letícia Volponi disse...

Ai, Lia, nem me fale. A Laira tinha cólicas e eu quase morria de dó. Depois que ela dormia, chorava sozinha, para passar segurança a ela. às vezes nem é refluxo cronico. Talvez ela não estivesse muito boa naquele dia mesmo. Observe e se for o caso, coloque uma almoda que levante a cabeceira do berço para deixá-la mais inclinadinha

Marina disse...

Lia, tem certeza q a Bia e a Mila não são idênticas??????
ahahah
igualzinho a Bia, amanhã vou escrever sobre o refluxo dela...
bjs

Fabiola disse...

Lia,

Não se preocupe muito... menino é assim mesmo.. cada dia é uma novidade... a gente que se estressa né??? Eu me estresso muito... com qualquer coisinha... mas na verdade, os bebês são bem fortes... :)
Curta a sua pequena.. pois essa fase passa rapidinho!! :)
Bjinhos e fiquem bem! :)

Luíza Diener disse...

ai lia to tão away dos blogs q até hoje não li um relato de emília (to só passando aqui voando)!

quero saber tudo sobre essa pequena!

desculpa pela ausência. volto depois.
bjo!

Carol disse...

mas que bom que ela já melhorou, né?

beijos!

Sarah disse...

Oi Lia!
O Bento tem refluxo e, até os 3 meses e meio, também tinha cólicas (ou seja, foram 3 meses bem difíceis, com muito chororô!!). No caso dele, o refluxo era grande e fazemos tratamento até hoje (ele está com 9 meses), mas já sumiu praticamente. Não acho que seja esse o caso da Emília. Pode ser apenas um mal-estar momentâneo, ou uma golfada ocasional. Em todo caso, algumas medidas simples para evitar o refluxo são levantar a cabeceira do berço e colocá-la sempre para arrotar (mesmo que ela não arrote, segure-a mais em pezinho por um tempo após mamar). Vou seguir acompanhando as notícias!
um beijo

Carol disse...

Lia, pode ser refluxo sim, é super normal se acontecer. E passa, como disse a Letícia, só são necessários alguns cuidados, que você, intuitivamente, já tomou. Mas coloque também algo pra elevar a cabeceira do berço, existe um travesseiro anti-refluxo, é ótimo, inclusive ele tem a largura certinha do berço, eu usei até uns 8 meses do Arthur,vale a pena, mesmo que ela não tenha refluxo, eu acho muito mais seguro usar.
Beijo grande!


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