quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mamãe, papai e florzinha - conclusão (ufa!)

“O primeiro motivo pelo qual eu não quis ninguém pra nos ajudar com os cuidados da Emília desde o início foi este: eu e o Rafael precisávamos conhecer a nossa filha.”

Foi o que eu disse no post anterior. Os outros motivos têm a ver com o fato de que a Emília é nossa responsabilidade. As pessoas podem e devem ajudar em situações específicas – ninguém é sozinho no mundo, por mais que eu às vezes ache isso –, mas não queríamos depender de ninguém ou delegar pra outros aquilo que é nossa função.

Vejo muita gente desesperada porque a babá ou a empregada se demitiram ou ficaram doentes. Tudo bem, é uma baita de uma enrascada você ter de trabalhar e não ter com quem deixar os filhos. Mas às vezes eu tenho a impressão que as pessoas não sabem mais limpar uma casa, não sabem mais cozinhar, não sabem mais passar uma peça de roupa, nem que seja só por uns dias. E aí, sem a “ajuda”, a casa cai. E a pior das situações é quando a pessoa não consegue mais cuidar do seu próprio filho sozinha.

Em relação aos parentes, sem dúvida eles são as melhores pessoas a quem nós podemos confiar nossos pequenos. E cuidam deles com todo o prazer. Mas, na minha concepção, mãe é mãe, pai é pai, avós são avós, tios são tios e por aí vai. Cada um tem a sua função. Penso que a parte realmente trabalhosa tem de ficar com os pais: acalmar o choro, colocar pra dormir, alimentar uma criança birrenta, disciplinar (ui! Essa é a pior). Os parentes recebem o privilégio de curtir a criança: brincar, dar colo, conversar, contar histórias (por isso dizem que filho bom é filho dos outros).

Quanto a ficarem com a criança para os pais poderem fazer coisas sozinhos, acredito que isso vai do momento de cada um. Em primeiro lugar, eu tomo cuidado pra não ser folgada. Meus pais não têm mais 20 anos e não têm energia pra ficar o dia inteiro em pé com uma criança de quase 6kg no colo em um dia de muito refluxo. Por mais santinha que seja, criança dá trabalho. Então eu procuro estar sempre por perto para essas horas mais difíceis.

Depois, cada mãe tem de sentir o momento ideal para ficar longe da criança. No início, eu achava a Emília muito grande e esperta. Nunca a vi como um serzinho frágil. Por conta disso, fui uma mãe relativamente desprendida. Eu deixava as pessoas ficarem com ela no colo enquanto comia ou até enquanto curtia um bate papo animado. E eu confiava em quem estava com ela, não ficava dizendo “pegue assim, não faça assim”. Enquanto ela estivesse feliz, a pessoa podia até segurar de cabeça pra baixo que eu não ligava.

Um dia fui à igreja com ela e ela quis mamar. Desci pro berçário e amamentei. Então uma tia querida (minha tia, não essas tias de escolinha) ofereceu: “Se quiser subir para ouvir a palavra, eu cuido dela”. A Emília estava dormindo e eu concordei. Passados uns 20 minutos, minha cunhada me chama porque a Emília está chorando desconsoladamente. Ela precisou de um bom tempo no meu colo pra se acalmar.

Uns dias depois, conversando com uma amiga no telefone (ela tem uma filha 5 meses mais velha que a Emília), ela me disse que é importante sempre estarmos à vista do bebê quando ele estiver num ambiente novo e com pessoas que ainda não são muito familiares. Percebi a besteira que eu tinha feito. Imagine o susto dela: acordar num lugar estranho, sem a mãe. Aí entendi que não basta que ela esteja com alguém em que eu confie. Ela precisa estar com alguém em que ela confie, ela precisa de alguma coisa familiar para se sentir segura. Depois desse dia, nunca mais deixei ninguém com ela fora da minha vista, a não ser que seja alguém com quem ela já teve muito contato e que eu tenho certeza que ela reconhece.

+++

Atualmente eu ainda não me sinto confortável pra deixar a Emília com outras pessoas para, por exemplo, sair para jantar com o marido. Basicamente, eu ainda não me sinto confortável para ficar longe dela por mais de uma hora. O motivo é: aleitamento exclusivo. Verdade que ela está desenvolvendo um padrão de mamadas e que elas estão cada vez mais espaçadas. Mas também é verdade que às vezes, depois de adormecer às 20h30, ela acorda 22h querendo mamar mais. E não tem como eu adivinhar quando isso vai acontecer. Acontece também que ela desperta às 6h pra mamada matinal. E eu ainda não estou preparada pra ir dormir tarde depois de uma noitada, acordar estado zumbi pra alimentar minha filha e ficar sonolenta o dia inteiro enquanto cuido dela. Não acho justo com ela. Dava até pra chamar alguém pra cuidar dela entre as mamadas, enquanto eu durmo picadinho, mas acho que não vale a pena. Prefiro ir dormir cedo com ela e deixar programações noturnas para depois dos 6 meses.

E ainda tem um último motivo pelo qual eu não fico mais que uma centena de metros longe dela: vai que acontece uma calamidade, igual essas enchentes no Rio, e eu não consigo voltar pra casa? Vai que tem um acidente no meio do caminho e eu fico presa no trânsito, os peitos transbordando cá e florzinha chorando lá? Não gosto nem de pensar. Paranoias de mãe, mas assim é. (A primeira vez que meus pais viajaram juntos sem nós, deu overbooking no voo de volta e eles ficaram presos dois dias em Londres. Pense o desespero da minha mãe. Minha irmã chorando ao telefone: “Mamãe, tô com saudades, volta pra casa, pô favô.”)

Acredito que em breve chegará o momento de recorrer mais a outras pessoas para que eu e meu marido retomemos aos poucos nossa vida de antes. Mas essa vida de antes não vai voltar completamente. Graças a Deus! Porque o que temos agora é muito melhor! A paternidade e a maternidade mudam tudo, e não dá pra se iludir achando que vamos voltar aos tempos de faculdade, cair na balada, acordar meio-dia, essas coisas. E, quer saber? Pra mim isso faz pouquíssima falta. Sempre fui mais caseira, sempre preferi um happy hour tranquilo à barulheira de uma boite. E, mais ainda: sempre amei um dia no clube, um fim de semana nas cachoeiras, uma tarde no parque... programas super adequados para crianças!

(Momento confissão: sou ligeiramente anti-social. Só ligeiramente, tá? E às vezes eu era convidada pra trocentos eventos num mesmo fim de semana e ficava exausta. Às vezes, numa festinha, eu queria voltar cedo – detesto dormir pouco – e o anfitrião insistia: “Já?? Fica mais um pouquinho, a festa mal começou.” E aí eu brincava com o Rafael: “Amor, quando eu tiver filhos vou aproveitar pra sempre sair mais cedo. Tipo: ‘Desculpe, tenho de sair por causa do bebê’”.)

Acho que, em grande parte, eu cuido sozinha da Emília porque eu prefiro isso a outras coisas. Prefiro ficar com ela a ir no salão (também nunca fui de ir muito no salão). Prefiro dormir cedo e passar o dia seguinte descansada com ela a sair à noite com os amigos (e sem poder beber álcool, a graça diminui um bocado...). Estou num momento super família, e atualmente essa história de não ter vida própria me parece meio estranha... a minha vida própria inclui a maternidade. E que alegria maior você poder se dedicar integralmente àquilo que mais ama? Sei que tenho de ter atividades que não envolvam minha filha, porque se não, no dia em que ela não precisar mais de mim, me sentirei uma inútil. Mas cada coisa no seu tempo.

A única coisa tão importante para mim quanto minha filha é meu casamento. E é importante buscarmos momentos a sós. Mas ajuda demais quando o marido entra de cabeça e realmente age como pai. É uma coisa que fazemos juntos. Casamento também não é isso?

Daqui a três meses volto a trabalhar. Emília vai pra creche integral, alimentação incluída. Se vai dar certo, se terei de reavaliar minha vida profissional, só o tempo dirá. Mas isso já é assunto para outro post...

13 comentários:

Ana Paula - Journal de Béatrice disse...

Bravoooooo!
Clap clap clap!!!
Adorei Lia!!
Acompanhei a saga desde o primeio post e so agora estou comentando! Eh que eu faço o "voo solo" (solo meeeeesmo!) e estou aproveitando a soneca da tarde da Béa para navegar na net.
Se eu morasse no Brasil acedito que teria sim uma pessoa para dar a geral na casa, mas, provavelmente não teria baba.
Maaaaaaaaaaas, como a minha realidade é outra, fiquei (e fico) de frente com as minhas novas pontencialidades como mãe, esposa e afazeres domesticos. Não é facil, é verdade, mas eu fico surpresa como eu consigo dar conta. Claro que nem tudo é 100%. A casa (pois é, não poro em apê e tenho jardim e uma hortinha para cuidar ainda por cima!), normalmante, nao fica imprecavelmente limpa todos os dias; volta e meia a pilha de roupas para passar fica do tamanho do Everest... Maridão tb serve para esfregar o chão e passar aspirador na casa nos finais de semana! Eu faço mais ou menos assim: acordo um pouco mais cedo e coloco as coisas no lugar. Procuro fazer 15 minutos por dia em alguma coisa (tipo: hj tirar o po da sala, amanha, dos quartos, limpeza dos banheiros...). A roupa para passsar eu so consigo a noite qdo a Béa ta dormindo e, mesmo assim, so por uma hora. Deixo a limpeza mais minuciosa para o fds e mesmo assim não fico me matando pra isso, pois aproveito para curtir a familia, o nosso momento a 3.
A hora mais critica aqui em casa é a hora do almoço, ainda mais que não utilizo a formula "feijao com arroz"; cada dia é alguma coisa diferente para comer... E é justamente na hora de fazer o almoço qe a Béa ta com vontade de dormir.... Resultado? Tomo o cafe da manha e ja começo a preparar o almoço (enquanto isso ela brinca e anda pra la, pra ca, abre os armarios, tira os potinhos do lugar... Loucura!), ou pelo menos ja deixo as coisas bem encaminhadas...
Não nasci dona-de-casa e o meu diploma de direito esta, por enquanto, guardado com outros documentos importantes. Forçosamente descobri uma outra Ana Paula, mais para "formiga atômica", que consegue dar conta do recado (ahahahha, na medida do possivel, claro!).
Ah, ressalvo que MARIDO PARCEIRO é essencial para que a gente consiga administrar tudo e ainda dar conta de cuidar de um bebê lindo em casa!
Beijossss pra vc e um bem especial à Emilia : )

Renata disse...

Esperei a conclusão dos posts para então comentar. Eu penso exatamente como você e ainda parei de trabalhar pra cuidar do pequeno e só volto depois de um ano da Nana. A decisão, é claro, foi tomada junto com o marido considerando que nossa prioridade era o bebe, ainda que tivéssemos que apertar um pouco o orçamento!!! E hoje em dia, as pessoas se espantam quando digo que não tenho babá. Uma vez me perguntaram: "mas você troca tooooooodas as fraldas?" Hahaha. Como se esse fosse o maior trabalho...rs! Agora com dois, se digo que vou continuar sem babá , as pessoas me olham como se eu fosse um ET, me chamam de louca, dizem que não vou ter vida. E como você disse: essa é a minha vida, tudo tem seu tempo!
E quer vida mais delicia do que poder curtir os pequenos em tempo integral??
Adorei o post! Emília é uma sortuda!
Beijos

Patricia disse...

Lia,
ótima trilogia! O importante é isso, cada um achar o seu equilíbrio, encontrar a fórmula certa para que todo mundo fique feliz. A sua, pelo visto, tem funcionado muito bem!

bjsss

Anônimo disse...

Eu, que não sou assumida nem corajosa como vc, me sentia culpadíssima por não deixar Noah com meus sogros. Eles se ofereciam o tempo todo e eu dizia "não, ainda não". Mas morria de culpa e de vergonha, a minha cara.
Daí um dia Noah completou 6 meses. E eu decidi deixá-lo na creche por 3 hs por dia, principalmente pra cuidar um pouco de mim - Noah já engatinhava com 6 meses e eu estava exausta.
A escolinha foi uma decisão maravilhosa - exceto pelas doenças. Fui fraca, não aguentei as doencinhas da escola e tirei. Fui eu cuspindo pra cima, pois eu nunca me imaginei voltando atrás de uma decisão dessas! Mas...como alguém já disse - ser mãe é cuspir pra cima.
Fiquei doente, tive que contratar uma ajuda - não gostei, me senti invadida. Decidi que babá não era a minha.
Fiquei sozinha com ele, novamente. E isso durou até que ele já andasse firme (11 meses) quando ele entrou direto pro maternal.
Hoje, claro, ele fica com os avós vez em quando. Ele fala com eles, abraça, tem uma relação linda.
Se eu pudesse voltar atrás talvez tivesse deixado Noah com eles um pouco antes? Sei lá, acho que sim.
Mas o que eu queria dizer é: respeite seu tempo. Eu me sentia um alien porque não queria deixá-lo com ninguém (e vc ainda não tinha escrito esse post, neah, querida?)
Claro que aquelas que se sentem a vontade em deixar com outras pessoas, não devem se sentir culpadas. Ninguém é menos mãe por ter a bravura e a humildade de aceitar ajuda.
Aliás, xô culpa, credo.

Anônimo disse...

Outro pitaquinho rápido: como eu não tinha babá e nem a coragem de deixá-lo com ninguém a gente carregava ele pros restaurantes mais familiares, principalmente no meu bairro.
E eu tomava alcool, querida, pois apesar de amamentar exclusivamente eu tirava litros de leite, colocava na Avent e ia feliz da vida. No outro dia acordava com o leite já desintoxicado (eu tinha um lance australiano que media a quantidade de alcool no sangue, veja vc). Profissional.
Enfim, pra quem conhece a cria e sabe que ela não vai largar os peitones por conta da introdução da mamadeira (eu sabia que Noah não largaria, eu tinha convicção) aconselho de pé junto a retirada de leite e uso da mamadeira. Mas tem que ser daquelas com um furinho mi-cro.
Acho que era só, de pitaco.
Ah! A gente tinha um carrinho que permitia a colocação de um moisés, assim ele dormia enquanto estávamos no restaurante. Eu levava mosquiteiro também.
O pitaco mega é APROVEITEM PARA IR A RESTAURANTES ANTES QUE A CRIA COMECE A ENGATINHAR. DEPOIS DISSO ELA NAO (EU REPITO) ELA NAO FICA NO CARRINHO.
Chega, né, Roberta?

Maya disse...

Lia, amei essa série de posts!
Eu sempre pensei e cuidar sozinha das crias tb! Mas a gente só sabe como será qdo eles chegam, né! Gostei mto da maneira como vc expôs sua decisão e seus pensamentos! Vê-se que é uma mãezona!
Enquanto isso aguardo meu momento chegar!!
bjinhos!

Kelly Resende disse...

Muito bom, Lia, adorei os posts! Essa do bebe acordar e não reconhecer a pessoa foi ótima vc dizer, pq eu não tinha me tocado disso.
Vamos ver se nos encontramos então no proximo Cinematerna. Nesse meu marido pode ir comigo, no proximo acho que vai ser dificil, vou ver se encaro ir sozinha.
Abraços

Paloma Varón disse...

Muito bons estes posts! Eu adorava sair, era uma baladeira nata. Mas, pouco antes de engravidar, já não estava curtindo mais. A gravidez e depois o bebê foram a desculpa perfeita. E, tirando baladas e noitadas, filho não atrapalha nada: dá para inclui-los na maioria dos programas diurnos. E, como disse a Roberta, esta fase antes de eles andarem, é ótima. Se eu tivesse tempo e grana, tinha dado a volta ao mundo com a Ciça (que era boazinha como a Emília) bebê. Agora que cresceu, ela fica mais entediada ou birrenta em alguns programas. E a gente vai se adaptando, respeitando o tempo dela e encontrando soluções pras birras, é um aprendizado pra todos nós. Porque ela se tornou mais importante que todo o resto.
No mais, que a gente alcance um dia o nosso sonho de consumo de trabalhar meio-período e se dedicar às crias no outro.
Beijos

Tati Schiavini disse...

Adorei essa trilogia. Cada mãe no seu ritmo, e vendo o que é melhor pro seu filho.
Eu, até hoje (1 ano e 7 meses) não saí sozinha com o marido. Primeiro, falta de coragem. Depois, falta de ter gente de confiança pra deixar. Família pequena, que trabalha muito, tem dessas. Mas não me sinto mal com isso, pelo contrário, fiz os programas que pude levá-la e somos felizes assim!
Beijo.

Juliana disse...

Sensacional Lia. Minha bebê tem quase três meses e nós tomamos conta dela sozinhos. Ainda não a deixei com ninguém, nem minha mãe recebeu esse privilégio. E além de todos os motivos CORRETÍSSIMOS que tu enumerou, eu simplesmente não consigo ficar longe dela mais do que uma hora. Um grande abraço. Passa lá no meu blog pra conhecer.
http://donachuvisca.blogspot.com/

Le Greco disse...

OI Lia... acompanho seu blog há algum tempo e gosto muito dos seus posts mas nunca fiz nenhum comentário!!! Só queria dizer que compartilho do seus pensamentos, sobre o filho é nosso, nada melhor do que nós mesmos para cuidar!!! Antes da minha pequena nascer, estava muito insegura com medo de não dar conta e contratei uma baba com antecedencia!!! Isso não durou nem dois meses e mesmo no periodo q ela ficou, o maximo que ela fazia era buscar um copo d´agua enquanto eu amamentava, por isso, a dispensamos!! Descobri exatamente o que vc disse, nós vamos compreendendo a melhor maneira de cuidar das pequenas e é maravilhoso ver hoje a Gabriela com 09 meses e compreende-la como ninguem!!! A gente aprende a se virar com tudo, a tomar banho com eles no carrinho, a arrumar o que for necessário, ate levar a Gabriela para comprar roupa comigo, já levei!!! E ela se divertiu horrores com a mãe cada hora colocando uma roupa e se comportou super bem, afinal, ela neste tempo todo tem feito parte da minha rotina e eu da dela e nós nos entendemos muito bem!!! Paro para espera-la tirar uma soneca ou para brincar com ela o tempo que for necessario mas ela tb acompanha a mamae em programas nos quais nao tenho com quem deixa-la!!! E assim vamos nos dando cada dia melhor!!! Ela esta na escolinha desde os 06 meses e se adaptou muito bem!!! Confesso que sofri um bocadinho no começo, afinal foram 06 meses nós duas sempre juntas com raros momentos de separação!!! Mas agora eu ja estou super acostumada com a nova situação e ela cada dia melhor no berçario!!!!
Abraços

Adriana D. disse...

Oi, Lia!!
Sabe que às vezes deixo ela com minha mãe e dou minhas escapadelas. nada além de 2 horas, mas me permite fazer coisas que com ela não daria ou que seria difícil (como ir ao centro da cidade, no meio da muvuca).
Sobre deixar na creche em tempo integral, me ponho no seu lugar...ai que dor no coração!! Minha Maricota vai pro berçário daqui a 3 semanas, começar a adaptação... ai ai.... Bom que trabalho na mesma escola que tem o berçário e apenas meio período e algumas tardes esporádicar, quando tem reuniões. Estou super preocupada com gripinhas e resfriados, ainda mais porque o inverno está batendo na porta.
Mas estou numa ciumeira louca das cuidadoras do berçário, até falei disso no último post. Vou ter que superar... como vc disse, até poderia deixar com minha mãe, mas ela não tem mais 30 anos pra segurar o rojão!!
Bjs

anapaularepezza disse...

Querida Lia,

FE-NO-ME-NAL !!!! Fechou com chave de ouro, leu meus pensamentos e acalmou meu coração !!
Também nunca consegui entender quando algumas pessoas dizem “minha vida própria/meu casamento está em segundo plano”....e eu me perguntava: “mas peraí, este pequeno e novo ser não é (uma grande) parte da sua vida própria/casamento?”.
Sempre fui muito adepta à teoria das escolhas, que diz mais ou menos assim: toda escolha tem seus ônus e bônus, e todo mundo deve arcar com as suas escolhas. Salvo raras exceções, hoje em dia toda mulher tem condições de escolher se quer ter filhos ou não, quando e com quem. Então, escolheu ter filho? Saiba que suas baladas vão se restringir, que suas tarefas serão outras - e que sua vida será infinitamente mais rica e feliz !!!!!
Daqui a aproximadamente 4 meses Natalinha chega para virar minha vida e do marido de ponta cabeça, e nós não vemos a hora de isto acontecer !!! rsrsrsrsrs
Antes de você escrever a sua trilogia de posts, eu estava um pouco angustiada com esta escolha que havíamos feito - o vôo solo. Até por isso te pedi para escrever sobre o tema. Mas agora que vi que tudo o que eu pensava realmente faz sentido e pode ser vivido na prática, estou bem mais tranquila e tenho certeza que ver a vida de ponta cabeça deve ser o jeito mais gostoso de vivê-la !
Um grande beijo, mais uma vez obrigada pelo post e não pare de escrever nunca !


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