quarta-feira, 27 de abril de 2011

Por que (não) desmamar

A ideia do desmame pode surgir em vários momentos do aleitamento: quando o bebê começa a comer outros alimentos, quando nascem os dentes, quando a criança passa a acordar infinitas vezes à noite e só volta a dormir no peito, quando ela faz um ano, quando você engravida, quando nasce o segundo filho... A proposta pode vir do pediatra, do obstetra, da babá, da sua mãe, da sua sogra, da sua vizinha. Ou pode vir de você mesma.

Passei por todas as etapas acima (com exceção do nascimento do segundo filho) e sigo amamentando. Além disso, minha produção de leite sofreu uma brusca diminuição nesse segundo trimestre de gestação. Por conta disso, as mamadas de Emília passaram a se estender por mais de meia hora. E parece que não alimentam muito. E meus mamilos estão extremamente sensíveis. Motivos de sobra pra desmamar.

Não fosse...

...não fosse o fato de que Emília não deixa? Não. Minha filha, voluntariamente, parou de pedir o seio na volta da escola. Agora ela pede “mnão” (banana). Em alguns dias, ela mama só de manhã e à noite, antes de dormir. Fins de semana e feriado, quando passa o dia comigo, costuma pedir um pouco mais, normalmente pra ajudar nas sonecas. Mas eu sei que, se eu quisesse, com jeitinho eu poderia desmamá-la em questão de semanas.

Então, o quê? Por que não desmamar?

Para uma boa parte das mães, o desmame é um período doloroso, tanto pra ela como para o bebê. Em muitos casos, a criança se recusa a ser desmamada, chora, passa a ter dificuldades para pegar no sono. A mãe sofre junto, determinada a fazer aquilo que ela acha certo, mas, no fundo, insegura quanto a essa decisão. “Mas ele já tem mais de um ano. O leite materno não tem mais nenhuma função”. “Mas ele não come nada por causa do peito!” “Mas ele só dorme no peito.” “Mas você não consegue fazer nada, não pode viajar, está presa.” Motivos e mais motivos. Fora argumentos de que o aleitamento prolongado faz mal à criança, que deixa dependente, gera problemas sexuais e psicológicos – asneiras que não têm a menor base científica.

Certa vez, quando disse que amamentaria até quando eu e Emília desejássemos, alguém me perguntou: “Ué? Mas ela não vai querer sempre?” A resposta é não. A maioria das crianças vai deixar o peito voluntária e naturalmente, no tempo delas, sem traumas. Uma ou outra talvez queira mamar além dos 3 ou 4 anos, mas são minoria. Entre os 2 e os 3 anos, o interesse pelo seio vai diminuindo paulatinamente, a menos que a mãe force a continuidade do aleitamento. Nesse período, não recusar, mas não oferecer o seio, além de trocar o momento das mamadas por outras atividades (historinhas, lanches interessantes, chamegos e carinhos) serão medidas suficientes para um desmame tranquilo.

Grande parte dos desmames são difíceis porque a mãe e/ou a criança não estão prontas. Aí o processo vira uma guerra, um estresse.

Esses dias, com Emília no colo, grudada no meu peito, percebi uma coisa muito simples: não desmamo porque não tenho a menor vontade.

Todas as vezes em que a ideia “desmame” passou pela minha cabeça foi para me justificar perante os outros Eu respondo, a cada pergunta sobre a continuidade do aleitamento: “A OMS recomenda no mínimo dois anos”; “As contrações uterinas causadas pela sucção do bebê são mais fracas que as de um orgasmo, então não há, a priori, problemas para o feto”. Mas, de mim para mim, se não houvesse questionamentos, eu sequer pensaria nisso.

E eu não amamento por causa da OMS, mas por causa do meu coração. A OMS serve apenas para me defender diante da opinião pública.

Notei que eu não me vejo nesse processo de desmame. Isso pra mim é algo distante, não necessariamente no tempo, mas na minha visão. É como o desenvolvimento da criança: sei que em breve Emília estará formulando frases, mas hoje ela fala umas dez palavrinhas e essa é ela. Emília tem poucos cabelos, fala dez palavras e mama no peito. Amanhã? Amanhã será outro dia, e eu vivo o hoje.

Amamento porque sinto prazer. Amamento porque minha filha sente prazer. Amamento porque, no meu âmago, sinto que estou vivendo o momento que me foi reservado pra viver agora. Amamento porque a primeira infância da minha filha não vai voltar.

Amamentem, desmamem, mas ouçam sempre o seu coração. E não se agridam.

+++

Para completar, um fragmento extraído do livro No seio do nascimento (Au Coeur de la Naissance: Témoignages et réflexions sur l'accouchement - Lysane Grégoire e Stéphanie St-Amant). É o relato de uma mãe que foi separada do seu filho logo após o seu nascimento e que se arrependeu de tê-lo desmamado precocemente:

Amamentei cinco meses e tive muita dificuldade para parar. Continuo muito irada. Quero lutar contra tudo aquilo. Não sei ainda onde está o meu lugar, mas penso muito nisso. Vou encontrá-lo. Amamentei Jules apenas cinco meses, sem ter ao redor de mim nenhum exemplo de aleitamento mais longo. Pensava até que era impossível. Eu me violentei para parar, como se fosse inconveniente continuar. Isso machucou a nós dois. Penso realmente que a amamentação curava as feridas desse nascimento, que tornou muito difícil para nós dois o estabelecimento de vínculos. Mas teria sido necessário mais tempo. Depois do fim do aleitamento, me dei conta progressivamente de que alguma coisa não ia bem entre nós, que não me sentia sua mãe com facilidade, que eu fugia dos momentos de solidão com ele, me remetendo muito ao Arnaud (eles dois criaram uma relação muito forte). A tomada de consciência disso e o tempo passado com ele ajudaram a apaziguar e a criar relações mais fortes, mas ainda me arrependo desse aleitamento encurtado por ignorância, por preocupação com o olhar dos outros e por falta de escutar minhas necessidades profundas e as dele.(Stéphanie C.)
Tradução minha.

20 comentários:

Fabiana disse...

Seguir o próprio coração deveria ser tão natural né? Eu aqui já tive meus (varios) momentos de querer desmamar (desmame noturno), mas honestamente, nunca teve nada a ver com a opinião dos outros. O meu problema é com o cansaço e vontade de dormir mais horas seguidas. E como sei que o processo pode ser lento e um tanto doloroso, não me sinto preparada. Ainda mais sabendo que pode acontecer dele não querer mais mamar, mais ainda assim continuar acordando nas madrugadas.
Já o desmame definitivo, ainda não passou pela minha cabeça, por um motivo muito simples: não quero. Gosto de dar o peito, gosto do olho no olho com ele, amo a risadinha de satisfação do Gu quando eu falo "quer mamazinho?" Amamentar, pra mim, ainda é muito especial.

Claro que vez ou outra me incomodo, não gosto que o Gustavo fique mostrando os meus peitos na rua (aquela coisa clássica dos bebês maiores de dar uma mamadinha e ao mesmo tempo querer ver tudo o que está acontecendo ao seu redor, enquanto os peitos ficam ao sabor dos ventos), mas esta situação dá pra contornar, né?

Enfim, o post está ótimo como sempre. Bjo

Cleide Ana Rota disse...

Que coisa linda! Quem me dera poder amamentar minha filha até hoje... Vou te contar que esse lance de amamentação é um assunto delicado pra mim, sempre sonhei em ser mãe e lógico que amamentar estava no pacote. Aí chegou dona Heloísa toda apressada e depois dos 2 meses de UTI meu leite já não era suficiente pra ela, mesmo ordenhando e doando SEIS potes (daqueles de maionese) ao banco de leite do hospital. Fiz tudo religiosamente certo e ela mamou por um curto período, não chegou aos 6 meses... Chorei, chorei, chorei; eu me senti a mãe mais infeliz do mundo mas depois de muitas conversas 'passou' (está bem; ainda sinto um poquinho de tristeza!); pois sei que não dependeu só de mim. Bom; amamente até a cria se formar se puder; acho lindoooooooo e babo toda vez que vejo uma mamãe amamentando, babo toda vez que vejo as fotos da minha pequena no meu peito! Tem coisa mais maternal que essa? É uma entrega total; beijos.

Renata disse...

É muito chato ter que responder e justificar as nossas escolhas. O post está incrível como sempre e eu, já disse, sou sua fã por suas escolhas tão cheias de amor, carinho e dedicação.
beijos

Micheli Ribas disse...

Lia,
Eu vejo duas coisas aí: amor e informação.
Antes de ler seu blog, nunca tinha ouvido falar em amamentar grávida. Sempre ouvia que os médicos mandavam desmamar o bebê, pois a mãe ficaria fraca. Sim, mito, hoje eu sei. Mas é o que eu ouvia.
Também nunca tinha ouvido falar em amamentar até quando a CRIANÇA quisesse até entrar no mundo dos blogs. Ao meu redor eu não conhecia ninguém que tivesse amamentado sequer um ano. Assim, na minha cabeça, eu tinha amamentado muito tempo (13 meses). Veja como a gente muda!
Eu amava amamentar. Não foi algo traumático o desmame, confesso. Levou um mês e tudo bem para nós duas.
Eu tinha dúvidas: marido achava que ela só queria saber de mim por causa do peito e queria participar mais, mas a pequena não deixava (o que quase não mudou com o desmame, apenas no início, pois ela deixava ele dar o leite em pó e fazê-la dormir, depois não quis mais); eu MORRIA de medo das mordidas, pois até sangue ela me tirou quando saíam dentes. Eu tinha receio dos dentes que viriam. A pressão era ENORME da família para o desmame, todos achavam que já passava da hora. Aff, que raiva.
Eu não dou bola para o que dizem. Tudo eu segui com a pequena o que eu achava e pronto. Mas esse ponto eu fui me deixando convencer que "era hora".
Além disso, tinha outra dúvida: Clara sempre foi magrinha, no limite mínimo de peso. Pensava que com o desmame talvez ela comesse mais (não, não esperava que com o leite em pó faria ela engordaria mais que com o leite materno, tanto que eu recusei quando a pediatra quis dar complemento. Bati o pé, não, não e não). Mero engano, segue tudo igual, magrinha. É a sua genética.
Enfim, só que hoje que surgiu as tais alergias respiratórios eu me arrependo. Porque enquanto estava protegida com a imunidade do leite materno, isso pouco incomodou (e por mais alguns meses ainda).
Hoje, com informação, com certeza faria exatamente como você. Deixaria ela decidir a hora e pronto, ou esperaria ao menos dois anos. E não me importaria com o comentário de terceiros. Vi, na prática que nada dos receios que eu tinha procedia. A menos, claro, que ela tivesse seguindo me mordendo daquele jeito. Mas eu não esperei os novos dentes para saber como teria sido.
Parabéns pela sua consciência. tem total apoio!
Beijos.

Taiza disse...

Clap! Clap! Clap! Adorei o post!

Concordo em grau, gênero e número! Principalmente com o "Amamento porque sinto prazer"!
Estou há 2a4m amamentando e esperando minha filha desmamar naturalmente, no tempo dela. E tomara que esse tempo demore, pois também não tenho a menor vontade de desmamar! Adoro amamentar, sinto um prazer enorme em ver minha pequena pendurada no meu peito!!!

Ah, e hoje em dia já nem me perguntam mais quando vou desmamá-la, acho que devem ter cansado de perguntar... (ou resolveram cuidar da própria vida!)

Bjoss

Fabi Alvim disse...

Ai, Lia... que post lindo! E rico!
Eu sempre falei que só iria amamentar até o bebê fazer 1 ano. Que esse tempo era o que estava bom para mim. A Júlia(6a) com 10 meses desmamou. Sozinha. Simplesmente percebi que EU oferecia o peito... parei de oferecer e ela parou de mamar. Sem drama.
A Joana(6m) ainda mama... agora só quando acorda, antes de dormir e de madrugada. Finais de semana às vezes mama durante o dia.
Gostei demais da sua visão de tempo da criança. Fiquei a me perguntar: qual será o tempo da Joana? 10 meses? 1 ano?
Acho que vou deixar a rigidez de lado e "pagar" pra ver!
Obrigada!!

Beijos
Fabiana
http://2-ao-quadrado.blogspot.com

Débora disse...

Antes de ser mãe eu pensava em amamentar somente até o 6º mês, afinal, eu mesma não fui amamentada mais que 3 meses, pois o pediatra disse a minha mãe que eu estava passando fome (ai, que crime). Aliás, parece que grande parte dos bebês nascidos na década de 70 passavam muita "fome", pois conheço muita gente que não foi amamentada por muito tempo por esse motivo. Pois é, como eu cresci forte e saudável, apesar de quase não ter recebido leite materno, sempre pensei que amamentar não fosse assim tão essencial. Chegava a me incomodar com minha cunhada, que amamentou minha sobrinha por 3 anos. Então, tornei-me mãe. No começo a amamentação me assustou. A idéia de livre demanda parecia para mim o fim da minha liberdade. Meu bebê vivia grudado em mim e eu ouvia da minha família que eu tinha que desmamá-lo, porque aquilo estava me fazendo mal, porque ele mamava demais, porque o leite não era suficiente para satisfazê-lo, porque ele chorava muito. Cheguei a comprar uma mamadeira e leite artificial para dar ao bebê para ver se ele chorava menos. Graças a Deus ele não se interessou pela mamadeira e odiou o leite artificial. Como ele não conseguiu se adaptar à mamadeira, a família parou de dar pitacos e eu continuei amamentando. Hoje meu bebê está com quase sete meses, segue mamando no peito em livre demanda. Já come de tudo, mas gosta de mamar para se acalmar, para tirar um cochilo, para se aconchegar. Talvez amamentar não faça diferença para o desenvolvimento da criança como dizem alguns, mas para meu bebê e para mim faz muita diferença. Por isso, vou continuar amamentando até quando ele não quiser mais. Não acho que valha a pena discutir com quem é contra a amamentação, principalmente com as pessoas da família, por isso, uso a desculpa de que meu filho não consegue pegar a mamadeira. Quando ele estiver maior e conseguir ingerir líquidos em copos com mais facilidades (não vai usar mamadeira), vou fazer como você e usar a desculpa da OMS. Também gosto de usar a desculpa de que o pediatra disse para amamentar até os 2 anos no mínimo e que como ele estudou no mínimo 9 anos para tornar-se especialista no assunto sabe muito mais do que o palpiteiro e ponto final. Cá entre nós, eu amamento porque amo amamentar, porque meu filho ama mamar e porque eu amo meu filho.

Camila disse...

Acabei de comentar no post da Anne e o assunto era bastante semelhante. O segredo está no instinto, no coração e na conexão que a gente estabelece com os nossos filhos. Achei maravilhoso tudo o q vc falou. Não tive essa oportunidade de amamentação tão prolongada como a sua, mas foi muuuito bom e tranquilo enquanto durou. Vc está de parabéns!
Bjos,
Camila
www.mamaetaocupada.blogspot.com

Maria Betânia de Amorim disse...

Lia tenta ouvir...
...meus aplausos.
Parabéns amiga por saber como usar as palavras tão bem para defender uma idéia ou melhor ato de forma tão enriquecida e sábia.
Entendo bem os sentimentos de uma mãe que amamenta prolongadamente ao ouvir opiniões contra o ato que é belíssimo, ouço muito e sempre principalmente dos familiares paterno da minha filha, comecei a ouvir desde os 5 meses, mas não dei ouvidos hoje Lana completou 19 meses e ainda é um dos melhores momentos entre eu e ela e comprovado pela saúde que é um bem maior. Beijos amiga.

Dani Garbellini disse...

Lia, faz pouco tempo que comecei a te ler, nem sei se já comentei, acho que não. Mas olha, adorei seu texto. O trecho que você colocou é muito dolorido e ilustrativo.
Meu filhote completa 3 anos em maio e continua mamando, agora só 1 vez ao dia. Pensei em desmame várias vezes, por exaustão, mas meu coração sempre me mostrou que não era nossa hora de parar, nem para mim nem para Arthur. Então, precisei arrumar minha casinha e colocar alguns limites para seguir feliz amamentando meu menininho, sem me preocupar com os outros.

Suellen disse...

lia, vc está de parabéns! são poucas pessoas tão bem informadas e com o coração na testa pra todos verem, assim como vc!
eu desmamei aos 9 meses, sabe aquele troço de instinto? então, senti que era hora, minha filha já não queria nem sentar no meu colo, parecia que eu forçava, sabe, por mais que eu quisesse que fosse daquela forma na época, hoje sinto falta, eu podia ter amamentado mais, mas como eu disse, algo me dizia, no fundo do coração que era a hora, ela nunca mais pediu e eu ofereci ainda por uns dias, e nada! foi como devia ser...
se todos ouvisse o coração, assim, e não ouvisse os comentários de fora, seria sim, beeem mais fácil, tudo, não só no assunto gravidez e maternidade.
tem certas coisas que eu vejo, ouço e leio que eu penso: mas pq a pessoa tem que bedelhar sobre isso.
é sobre tudo: jeito de se vestir, como beijar e fazer amor com seu marido, como educar seus filhos e blábláblá, gente cada um faz o que quer, segue seus principios, ouve seu coração e se permita viver como tem que ser.
bjoss

Unknown disse...

Ai Lia, esse post foi pra mim! Linda sua reflexão! E depois de muito me debater e até escrever sobre isso lá no blog(http://ivanacoisademae.blogspot.com/2011/04/o-outro-lado-do-desmame.html) resolvi continuar com a livre demanda e aguardar o desmame natural. Tenho certeza de que a decisão virá de nós dois. João está com um ano e meio e não há sinais de que quer largar. E eu já me convenci de que não estou preparada! É isso.

Bjos!

Juliana disse...

Lia querida, uns fatos interassantes sobre a amamentação. Quando trabalhei em hospital público, me deparei com situaçoes não tão raras assim de mães chegarem para parir com a idéia de doar seus bebês. Por intermináveis motivos e situações que não cabem à ninguém julgar. Apesar daquilo atingir em cheio toda a equipe, e causar uma comoção geral, atendíamos e acolhíamos àquela mulher com respeito e carinho. Algumas nem queriam ver o bebê, outras queriam ver e tocar, algumas ficavam com a crianças naqueles curtos dias de internação hospitalar. Mas todas, absolutamente todas àquelas que em algum momento deram o peito para os bebês não conseguiram levar em frente a decisão da doação. Engraçado teu post me trazer memórias tão sofridas mas bonitas, sempre achei que a amamentação é milhões de vezes mais poderosa para criar vínculo do que a gestação em si ou o ato de parir. Amamentar é um ato voluntário de amor. Parabéns pelo lindo texto, como sempre né? Um beijo na Emilinha e na pança que já deve estar bem crescida.

Joci disse...

Que bacana esse post Lia! Adorei!

Sem dúvida, deixar acontecer é o melhor... Elena deixou de mamar o meu leite por vontade própria, no dia do seu aniversário de 1 ano, me pediu mama para dormir, e nunca mais pediu.... meu leite já era bem escasso, e confesso, fiquei com muita saudade de amamentá-la, queria mais, mas ela não quis... e eu não ofereci mais, aceitei que era uma etapa da vida dela, que ela não queria mais! Se quisesse, pediria mais, não foi doloroso nem a mim, nem a ela... fiquei com saudade, sim, saudade, mas se tenho saudade, é por que foi bom, lindo, gostoso, até doloroso, mas que eu amei, faria tudo de novo, e pretendo fazer aos próximos filhos, sem dúvida, até que não queiram mais!!!!

Beijos

Kelly Resende disse...

Oi Lia, admiro muito esse seu jeito de ser mãe, sempre bem informada e convicta. Esse assunto amamentação tem voltado a minha cabeça muitas vezes ultimamente. Eu pensava em amamentar a Clara até 2 anos, já que imagino que se for por conta dela seria até os 10 anos (risos). Mas tenho começado a pensar no desmame. Não tenho conseguido controlar as mamadas fora de casa e isso tem me incomodado um pouco. Estou numa fase de querer amamentar só em casa, na nossa intimidade, apesar de antes nunca ter me importado muito em arrancar o peito na rua. Clara tb tem estado muito inquieta pra mamar, fica pulando, se virando e me morde muito. Enfim, nessas horas penso em desmamar, mas confesso que gosto muito do nosso contato enquanto ela mama e sei que ela é louca pelo "mamá", então por enquanto essa ideia dificilmente se concretizará. Mais um daqueles dilemas maternos...
Beijos

Sarah disse...

Mais um ótimo texto Lia. Infelizmente o que mais vemos por aí é o conceito que vc mencionou, desmamar porque o bebê já fez um ano, come papinha, tem dentes, a mãe engravidou de novo. Mas você vem desmitificando tudo isso quando conta pra gente sua linda experiência de amamentação na gravidez do segundinho - que, tenho certeza, sente o calorzinho da irmã também quando vc a amamenta.
Ouvir e seguir o coração é a chave para muitos dilemas da maternidade, o (não)desmame inclusive.
beijos!

Roberta Lippi disse...

Lia, sabe que aqui em casa a coisa não está muito ligada a uma escolha minha, não. Eu estou insistindo muito, mas a Rafa nunca foi muito fã do peito, tenho que admitir. Todos os dias, desde que parei de tomar o tal Equilid (que fazia o leite descer muito rápido e me salvou no sentido de ter amamentação exclusiva até os 6 meses), ela chora e reclama muito até o leite descer. Algumas vezes tenho que dar a mamadeira porque ela se joga pra trás com tanta força que vc não acredita. Berra feito louca.
Daí eu dou a mamadeira e espero o peito encher mais. Quando está bem cheio, vou lá e dou o peito. Mas com isso as mamadas reduziram bastante. Hoje são apenas duas ou três por dia, mesmo deixando ela na livre demanda (porque, na verdade, ela não demanda o peito, não, sou eu é que insisto). Luísa não me deu esse trabalho, não.
Beijos

Dê Freitas disse...

Oi Lia,

Vim parar aqui depois que li uns comentários seus em blogs amigos e adorei a sua forma de escrever e emitir opinião. Mas não sei se já comentei.

Adorei o post e sei bem o que é as pessoas questionarem a nossa decisão de amamentar depois dos 6 meses. Minha reposta sempre foi essa: amamentarei até quando estiver bom para mim e para minha filha (ou seja, não é da conta de mais ninguém).

Sabe que minha filha ficou por dois meses apresentando sinal de que queria desmamar. Eu relutei um pouco a acreditar e continuei insistindo. Mas sabe que acho que isso só aconteceu porque a minha produção de leite caiu muito e ela já estava ficando sem paciência de se esforçar tanto por quase nada. Eis que depois de alguma crises de nervoso e recusa do peito, entrei com o LA. E o desinteresse dela foi acontecendo aos poucos. E para mim foi super tranquilo. Acho que os dois meses de minha negativa foi o tempo necessário para eu assimilar o que estava acontecendo.

Mas a amamentação me transformou e posso dizer que foi algo que me realizou demais. Por isso, sempre que alguma amiga fala da dificuldade de desmamar o filho eu sempre digo: se está difícil, é porque ainda não é a hora!

Parabéns por ser essa mãe tão cheia de amor e por nos presentear com tanto informação de qualidade (já li o post novo).

Bjs

Unknown disse...

ola, meu nome é marcela, e estava pesquisando o que dar para minha nega de 6 meses, e achei esse blog, amei a reflexão, minha princesa tem 6 meses e não quer comer praticamente nada, nem mingau, nem leite, nem sucos,nem nada q eu possa dar, só carne de pedaços bem pequenos, caldo de feijão e as vezes uma pouquinho danone, mas é só experimentando. não quero tirar o peito dela, mas o peito não é mas suficiente pra ela, dei exclusivo ate agora, e ela não quer nada pra comer de complemento, amo amamentar, é a melhor coisa na vida de uma mulher.
amei sua postagem, esta de parabéns...

Unknown disse...

OLÁ MEU FILHO TEM 2 ANOS E MEIO E ATÉ 4 SEMANAS ATRÁS AINDA MAMAVA, TAVA COMPLICADO ELE ACORDAVA MUITO A NOITE PRA MAMAR EU NÃO DORMIA DIREITO ISSO JÁ TAVA ATRAPALHANDO NO MEU TRABALHO MAS TENTEI DE VARIAS FORMAS TIRAR O MAMAR MAIS NÃO CONSEGUIA POIS ELE CHORA E EU FICAVA COM DÓ E DAVA MAMA PRA ELA , HÁ UMAS 4 SEMANAS ATRÁS ELE TEVE ESTOMATITE E FICO COM A BOCA CHEIA DE FERIDA POR CAUSA DA FEEBRE ALTA QUE DEU ELE NÃO CONSEGUIA MAMAR E NEM COMER NADA FOI UM DESESPERO NEM AGUÁ ELA CONSEGUIA TOMAR FICO ATÉ INTERNADO PQ DEU COMEÇO DE DESIDRATAÇÃO E NESSA DE NÃO CONSEGUIR COMER NADA ATÉ O MAMA DEIXOU , QUANDO ELE MELHOROU ELE DEIXOU SOZINHO O PEITO EU PERCEBI QUE ELE NÃO PEDIA MAIS ELE PEDIA OUTROS ALIMENTOS MAIS O PEITO NÃO ELE ATÉ EVITAVA DE VIR NO MEU COLO PRA NÃO SENTIR VONTADE , MAS AGORA PASSADO 4 SEMANAS ELE TÁ MUITO IRRITADO E CHORA MUITO FAZ BIRRA NÃO PEDE MAMA MAS EU PERCEBO QE ELE QUER NÃO SEI OQE FAZER DA ME DEIXANDO LOUCA PQ TA MUITO NERVOSO É NORMAL ÍSSO?


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