Passei sete meses fora e parece que voltei ao ponto em que estava quando saí de licença. A maioria dos colegas continua por aqui e meu trabalho ainda é o mesmo – o que, confesso, me deixa um pouco confortável. Sim, porque não sei se estaria preparada para grandes mudanças nesta fase da minha vida. Ainda estou muito centrada na minha família, e não sei se isso vai mudar tão cedo (nem se vai mudar um dia).
Ainda sonho com outros rumos profissionais, mas sem pressa. Brinco de escrever uma dissertação de mestrado, na esperança de em breve ter tempo pra isso. E sinto a mesma calma que sentia há pouco mais de sete meses, quando eu sentava nesta mesma cadeira com uma barriga enorme.
Mas percebi que estava andando em círculos quando me peguei usando o tempo livre que tinha para ler sobre parto. Exatamente o que eu fazia há sete, oito meses. Não sei se é porque ainda pretendo ter mais filhos, mas a gestação, o parto e a maternidade me transformaram de forma irremediável. Parece que foi ligado um botão que me tornou reprodutora por tempo indeterminado. Se eu não estiver gestante, estarei lactante. Quase como uma carreira.
Existem outras coisas importantes, é claro, como aquele poema que eu ensaio traduzir pra um futuro mestrado. Mas sabe quando você de repente encontra uma vocação, que você não precisa se esforçar nem um pouco pra exercer e que cai sobre você como uma luva, sem que você possa impedir?
E então entendi que a maternidade é irrevogável, irrenunciável e irresistível.
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Há 2 meses
21 comentários:
AI, Lia, sou igual. Se antes passava o dia lendo sobre maternidade e puericultura, agora passo o dia lendo sobre parto, mesmo não pretendendo ter mais filhos. É que são experiências transformadoras; impossível não ficar eternamente focada nestes assuntos.
Beijos
Sim, sim, sim!
A maternidade é irresistível.
Beijos***
Ai que delicia esse post...é tudo que sintoo!!!!A maternidade é mesmo um dom...e impressionantemente nem todas mulheres tem...
bjsss
Só as mães são felizes!
www.coisa-de-mae.blogspot.com
acho que nascemos com essa vocação de sermos mães.
não que isso dispense as outras vocações, mas não deixa de ser uma das maiores (se não a maior) de todas.
Lia, esse tipo de post me faz sorrir, respirar fundo e dizer ai ai. Então me controlo, penso e belisco meu braço antes que me perca em suas poéticas palavras. heheheheheheheh...
Não conseguiu vacinar seu filho? A vacina contra a paralisia infantil ainda está disponível em toda a rede pública do país. Vá ao posto de saúde mais próximo e imunize todas as crianças menores de cinco anos. A poliomielite é uma doença grave e não existe no Brasil desde 1989. Vamos ajudar a mantê-la longe das nossas casas!
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Que delícia de ler. Quem dera todas as mamães fossem assim com seus filhotes. Se bem que aqui na blogosfera só dá mãe boa demais, né não??
beijos
Que lindo isso que você escreveu, Lia!
Fico pensando que enquanto algumas pessoas acham um fardo a mulher trabalhar e ainda cuidar da casa, dos filhos e do marido, outras simplesmente descobrem nisso uma vocação.
Beijo!
Raquel
É bem isso tudo que você escreveu mesmo. Desde que descobri a gravidez que me vi mais envolvida nesse mundo materno do que eu já costumava ser. Leio todos os dias uma coisa ou outra a respeito, não resisto.
Pelo menos ser mãe é uma ocupação que achamos pela vida inteira, e que nos dará satisfação, orgulho e felicidade acima de qualquer coisa!
Lia!!!
Me sinto de forma muito parecida com você... ainda leio sobre gestação e partos... agora Elena está começando a desmamar.. e eu já estou pensando em ter outro bebê ano que vem... tem dias que me pego com saudades do meu barrigão, saudades de Elena bem bebezinha e com certeza quero viver tudo de novo daqui um tempo... claro que penso em voltar a trabalhar depois de 2 filhos... heheh quero sim continuar a "minha vida" mas essa "minha vida" vai ter que ser continuada com meus filhos... e quero muito... ser uma mulher-mãe feliz, quero voltar a trabalhar, mas foi uma escolha minha, escolha difícil, mas foi o que escolhi, ter primeiro os filhos e quando eles estiverem maiorzinho, voltar a trabalhar, acho que essa é a minha vocação... ser mãe...
biejos
Parece até que está me descrevendo Lia! Antes de ser mãe eu não sabia o que fazer nem qual minha vocação. FIz uma faculdade por fazer pra agradar o papai, mas não me vi trabalhando na área, quando a Bia nasceu, eu vi que tudo que eu precisava era ser mãe. Agora com o Leo pequeninho eu já sonho em ter mais um, marido quase me mata quando venho com esse papo, mas o que posso fazer se é tão gostoso e recompensador ser mãe? Um beijo
É isso mesmo minha cara nós que viramos mães nascemos pra isso. Eu achava que não ia dar conta e hoje já posso me ver cuidando de mais um se pudesse. Bjs
Que delicia de post!!
Aumentou ainda mais meu desejo de encomendar um herdeiro rs...
bjos
Tal qual o amor de Deus por nós! Ó, que lindo!
Em diferentes proporções, né? rssss
bj
Nossa, eu poderia dizer que vc sente a mesma coisa que eu... A diferença é que eu ando em circulos em casa mesmo (ehehe), mas ja estou lendo (de leve) artigos relacionados ao parto, quero me preparar melhor para o segundinho.... QUe ja esta nos nossos planos e que em breve partiremos para a pratica... AH, estou acompanhando o seu retorno ao trabalho e a sua rotina, imagino, nao deve estar facil. Mas que bom que vc trabalha num orgao onde tem um lugar onde vc possa extrair o leitinho da Emilia com tranquilidade. Isso me fez lembrar um dia que fui numa licitaçao no TCU (sim, antes da vida dedicada ao lar, eu, advogada de licença à maternidade por tempo indeterminado, trabalhava feito louca, participando de licitaçoes em Brasoooolia) e vi 3 babas passeando com bebês nos corredores desse orgao administrativo. Na hora pensei "putz, que legal, as maes podem ficar perto dos filhos pequenos". E hoje vejo o quanto é importante facilitar as coisas para as maes que retornam ao trabalho, é essencial para que as coisas fluam. Por outro lado, nao me vejo mais trabalhando como antes... COm ceteza eu chegaria no trabalho e ja teria uma montanha de pepinos (e prazos) para resolver e, sinto, que afetaria no meu precioso tempo com a minha filhota. Beijossssss : )
Ai! Como te entendo!
e taí nossos blogs que não nos deixam mentir.
bjo
ps.: quero a foto da florzinha preparada para a piscina! E que bom que o presente foi útil êêêêê
"E então entendi que a maternidade é irrevogável, irrenunciável e irresistível." - posso assinar embaixo?
Perfeito Lia! Concordo com "tudinho"! E me sinto, exatamente, assim! Ainda mais agora, com a Alice a caminho!
Beijo!
Dani
Lia...
tem selinho para você lá no meu blog!!!
beijocas
Irrevogável, irrenunciável e irresistível... bela escolha de palavras! =)
É menina, é como eu digo: quando nosso filho nasce ganhamos um novo par de olhos. É impossível ver o mundo em volta como antigamente.
Passe lá no blog. O post da semana é sobre vegetarianismo, vc vai gostar. =)
Ei Lia...
não tenho filhos ainda,casei tem um ano e meio apenas, mas percebi que todos os blogs que leio estão relacionados a maternidade,deve ser pq quero muito ser mamãe, seu é um que comecei a ler sem parar, achei contagiante suas escritas sobre a chegada da Emília, que alias é muito fofa.
bjo grande
katty
Belo texto!
A maternidade não é um estado né?
É ser.
Somos mães antes de tudo.
Beijos
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