Notícias rápidas que não posso deixar passar.
Dois
No meio de tantas novas palavrinhas que surgem a cada dia, a mais notável recentemente é “dêsh” (dois). Sei que parece mais três ou dez, mas é dois mesmo. Emília pega dois objetos da mesma natureza – dois copos, duas garrafas d’água, dois ímãs de geladeira –, um em cada mão, e exibe orgulhosa:
- Dêsh!
Não sei onde ela aprendeu isso, se foi por observação ou se foi na creche. Mas achei fantástico ela demonstrar tão cedo a noção de plural.
Colostro
Poucos dias depois de uma ansiedadezinha pelo leite que parecia estar acabando, eis que surge o divino colostro! Foi uma sensação de alívio e muita alegria quando eu espremi minhas mamas e em vez das gotinhas mixurucas de leite, escorreram devagar fios de um líquido transparente. Sorri.
Emília parece estar gostando ainda mais dessa novidade (será por memória?). Agora ela pede “mamá” (antes ela me beliscava no colo), e pede “maish”. Ela é uma privilegiada por poder mamar novamente esse alimento tão nutritivo, e por pelo menos uns três meses!
Ah, e ainda não entrei, tecnicamente, no último trimestre. O bichinho veio cedo, para a alegria de todos e felicidade geral da mamação.
Crianças primeiro
De tudo que li a respeito de puericultura, sempre me senti mais inclinada a aceitar as ideias que valorizavam a criança enquanto indivíduo, o respeito aos seus sentimentos e – por que não? – às suas vontades. Disciplina extrema e autoritarismo nunca foram a minha praia, apesar de eu ter fama de brava.
Mas eis que algumas coisinhas a gente só aprende mesmo com a prática.
Sou uma pessoa meio sistemática, gosto de fazer logo as obrigações pra depois poder relaxar. Com isso, costumava deixar Emília brincando sozinha enquanto eu me ocupava de meus afazeres. Quando eu terminava, ficava só com ela.
Com a idade, a capacidade que a criança tem de esperar vai mudando. Um recém-nascido é impaciente para se alimentar, mas pode ficar bastante tempo entretido olhando pra parede. Emília, com 1 ano e 4 meses, consegue esperar que eu termine de esquentar a sopa, mas pode se aborrecer se eu pedir 5 minutos antes de ler um livrinho com ela.
Então mudei. Quando chegávamos da creche, a primeira coisa que eu fazia era tirar as roupas e fraldas sujas da bolsa dela e dar uma esfregada. Depois, tentava trocar de roupa, tomar um suco, tudo antes de me ocupar de Emília. Em vez disso, agora eu chego em casa e vou direto pro quarto dela pra lermos um, dois ou três livrinhos. Isso me toma no máximo uns dez minutos. Depois, satisfeita com o denguinho, ela fica brincando sozinha um tempo absurdo, e eu posso fazer tudo com muito mais calma.
Ontem ela ficou mais de meia hora no banheiro tirando as gazes da embalagem, passando no rosto e guardando de volta (vejam como minha filha é higiênica e organizada).
Quando possível, crianças primeiro. É muito mais provável que os momentos seguintes sejam de tranquilidade.
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Há 6 meses