Faz tempo que não conto as novidades da minha Milinha. Ela está com 1 ano e 2 meses, com toda a graça que bebês dessa idade têm.
A fala
Emília tem dado saltos marcantes na dicção, e a cada dia aparece um novo fonema. Ela gosta de sibilar com os lábios, já ensaiando um “s”, e adora fazer discursos enquanto troca a fralda. Infelizmente não dá pra reproduzir exatamente com o nosso alfabeto, porque muitos dos sons que ela faz estão entre uma letra e outra. No trocador ela gosta de falar algo como “bilubilubilubilubilubilu”, mas o “l” fica meio com som de “d” e o “i’ quase desaparece. Algo como “bldu”. Deu pra entender?
Essa fase da aquisição da linguagem é fascinante. Dizem que a primeira palavra das crianças costuma ser “angu”. Pois Emília não fala o /G/. Água é “ábua”, ou “áua”. Por outro lado, a maioria das crianças demora a falar o /s/ (normalmente o som é /sh/, tipo “xapo” em vez de “sapo”), e Emília emite sons que estão quase lá. Outro fonema que normalmente aparece mais tarde é o /l/. “Bola”, para muitas crianças, é “bóia”. E Emília consegue falar o bilubilu.
Ela também tem estado numa onda de tentar repetir tudo o que nós falamos, por mais primitiva que seja a reprodução. Pra hipopótamo, dia desses ouvi um “pot”. Sobremesa, “mez”. Joaninha, “anhã”. Sapo, “áp”.
De palavras inteligíveis, ela já fala:
- os clássicos papá e mamãe (esse ela fala direitinho, com o “e” no final, só que com o “ã” meio aberto. Tipo “mamái”);
- auau
- “áua ou ábua (água)
- bá (bola ou pão);
- páo (pão, quando não está com preguiça e fala só “bá”);
- Pá (Paula, a educadora da creche).
- bobó (vovó)
- uouô (vovô)
- bobu (bumbum; essa eu ensinei ontem).
E, claro, já entende muitíssima coisa. Agora é só ampliando o vocabulário...
Os livros
Emília sempre gostou muito de livros, mas ultimamente, com essa demanda pela fala, ele tem estado obcecada por eles. Antes de dormir, são mais ou menos uns dez livros que temos de “ler” com ela.
Ela sabe folhear sozinha e, há algum tempo, podia ficar um bom tempo entretida sozinha com seus livrinhos. Mas ultimamente ela tem exigido a nossa presença para que falemos o nome de tudo aquilo para o qual ela aponta.
Quando o livro está na prateleira, ela aponta pra cima e começa a gritar. Quando está espalhado pela casa, ela pega, vem caminhado em nossa direção, nos entrega o livro e estende os bracinhos para que a peguemos no colo. Se estivermos sentados no chão, ela simplesmente vira de costas e se deixa cair de bunda sobre a nossa perna. Então ela vai passando as páginas e mostrando tudo o que quer que nós nomeemos.
Os preferidos são os livrinhos com abas, que normalmente ela consegue levantar sozinha. Mas qualquer outro livro com muita imagem (preferencialmente de animais) é uma diversão.
Outro campeão de audiência aqui em casa é o “Boa Noite Marcos”, da Brinquebook. Marcos não consegue dormir porque não acha o Fred, seu cachorro. Ele passa a história toda procurando Fred, com a ajuda de sua irmã Estela. Em cada página, tem um Fred escondido. E Emília acha todos: “auau, auau!”. Ela adora.
A comida
Emília já come sozinha, cada vez com menos bagunça. Também está preferindo beber líquidos no copo normal, e já quase não derrama.
A graça é que ela tem uma preferência por comer as coisas com garfo ou colher, em vez de comer com as mãos. Quando tem um prato com talher na frente dela e entregamos a ela alguma coisa em pedaço (um pão, por exemplo), em vez de enfiar direto na boca, ela coloca no prato e come com o talher.
Outra onda era o fim da banana. Emília comia a banana até quase o final, e deixava aquela bundinha. Daí a gente pensava que ela tinha acabado e comia o resto. Então ela ia e pedia outra banana. E nessa ela já chegou a comer três bananas, sempre sem o finzinho. O Rafael cismou que ela não gostava dessa ponta, e eu disse que não era possível, porque é tudo o mesmo gosto. Cheguei a cogitar se ela estava rejeitando esse pedaço porque eu tirava ele da casca pra dar pra ela. E resolvi colocá-lo de volta na casca, e ela comeu. Da segunda vez, o truque não funcionou mais.
A solução que eu encontrei foi ensiná-la a descascar a banana e, então, dar todo o conteúdo sem casca pra ela comer. Por enquanto, tem dado certo.
Até que surja a próxima mania...
+++
Ah, e quanto ao último post: ontem tivemos uma reunião com a equipe da creche (psicólogas, nutricionista e educadora) e vamos tentar achar o equilíbrio. Eles se mostraram abertos, nós também. A nutricionista ficou de me passar as receitas do bolo e do pão de queijo pra que a gente possa estimar o valor nutricional por porção. Levarei esses dados e uma cópia do cardápio semanal à próxima consulta de Emília no pediatra e ele nos ajudará a tomar a decisão quanto a liberar ou não algum dos alimentos. Depois conto mais.
The Best Pod Vapes for 2023 in the UK
Há 2 meses
8 comentários:
Oi Lia, é uma graça essa fase de aprender a falar né. Clara tem uma caracteristica engraçada, ela aprende a falar algumas coisas e depois pára. Já teve dias de falar algo parecido com peixe, de falar miau cantando uma musiquinha e várias outras coisas, mas depois parou. O que permanece é Bol para bola, vovó, nenem e auau, nem mamãe nem papai. rsss
Qto aos livros ela é bem parecida com a Emilia, fica apontando as coisas pra gente falar o nome, gosta de ir apontando cada vez mais rapido pra gente se enrolar e adora os livrinhos de aba.
Qto aos alimentos, nossa qta diferença! rsss
Beijos
Kelly, agora você me fez lembrar: ela também fala "nanáim" (neném).
Ai Lia, como as crianças são diferentes né? A Bia até hoje não curte livros e nem tem a mínima paciência pra sentar e "ler" com a gente, e olha que eu tento e fico a falar com as paredes, leio o livro todo e necas.
Sobre os talheres ela é o inverso, insisto um monte pra comer com eles e vai quase tudo com a mão.
É tão legal vê-los se desenvolvendo não é mesmo? Eu amo essa fase que a Emília está. Tão lindo ver o mundo com os olhos deles. beijos e aposto que vai tudo se resolver lá na creche.
Lia; querida! Não vejo a hora da Heloísa começar a exercitar a fala... Acho algo divino de observar; mas quem tem filhos sabe que cada dia é um aprendizado tanto para eles quanto para nós. Estarei sempre visitando teu blog; beijos com carinho.
Bem que ela podeia vir aqui ler uns livrinhos pro Rafa né?
Bjs
Tá cheia de palavrinhas, uma graça!
E estas manias alimentares tendem a piorar, então aproveita agora que é só um restinho de banana e que dá para "enganá-la" um pouquinho. A Ciça teve fase (muitos bebês têm) de não comer nada quebrado/ cortado. E de só quere círculos, quadrados... enfim, quase um Roberto Carlos alimentar.
Beijos
Ai que linda a Emilia já iniciando nas palavrinhas! Logo logo ela toma a pílula falante do doutor Caramujo e dispara a tagarelice!
A cena dela virando de costas e se jogando no colo acontece da mesma forma aqui em casa. E Bento também vai apontando nos livros o que quer que a gente nomeie! Engraçado como as crianças tem traços parecidos de desenvolvimento.
Sobre o post anterior, não consegui comentar antes então vai agora... passo a mesma coisa por aqui! Ano passado teve várias festinhas de aniversário na escolinha do Bento e to-das tinham salgadinhos (coxinha e afins) e refrigerante. Quando fiz um mini-parabéns lá pro Bento e levei água de côco natural para beber, todo mundo estranhou...
Então acho que vc está certa sim em manter suas convicções. A creche da Emília já é bem flexível em comparação com a maioria, mas não é por isso que vc precisa aceitar o pão de queijo né! Achei bem bacana eles fornecerem as receitas pra vc mostrar pro pediatra. Depois conta pra gente no que deu...
bjos!
Lia,
Ao ver o item A Comida, sorri. Lembro muito bem do seu post-desabafo-desespero dos dias que Emilia fechava a boca e não comia. Lembro do seu momento desespero. Pois é, parece que faz tanto tempo que isso aconteceu, não? mas se passaram somente seis, sete, oito meses?! E hoje ela está lindinha comendo sozinha! Adoro ser observadora privilegiada do desenvolvimento infantil.
beijos em Dona marquesa!
Patricia
www.comerparacrescer.com
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