quarta-feira, 18 de abril de 2012

Emília e Margarida - amor e regressões

Desde que Margarida nasceu, Emília é absolutamente apaixonada por ela. A primeira coisa que faz quando acorda é procurá-la, dar bom dia, fazer carinho, beijar, abraçar. Quando a vê, dá um sorriso de encanto, e não há mau humor que persista.

Ontem Emília acordou da soneca da tarde e pediu pra ir ao banheiro. Depois de colocá-la no vaso, fui buscar Margarida. Sentada no vaso, Emília ficou toda animada com a chegada da irmã e comentou da roupa dela:

- Você tá de molandinho [moranguinho], Marralida. Ti bunitinha!

Ela aperta as bochechas da Margarida e diz: "Dotosinha!"

Claro que de vez em quando os carinhos se tranformam em momento Felícia. E às vezes rolam uns tapas e empurrões. Mas a relação entre irmãos, sendo a mais sincera de todas, é feita disso.

Margarida, por sua vez, acha graça em tudo que Emília faz. E é muito bom pra ela ter uma irmã, já que raramente ela fica sozinha. Mesmo quando estou fazendo outra coisa, Emília está lá com ela.

Também não temos muito conflito com brinquedos, já que deixamos Emília brincar com qualquer coisa da Margarida (desde que não seja tomado) e Margarida também brinca com qualquer coisa de Emília (desde que não seja rasgável ou engolível). Como Emília era muito pequena quando Margarida nasceu, não tem o senso de posse muito forte. E apesar de saber direitinho o que é de quem, está acostumada ao uso coletivo.

Mas em toda sua adoração pela irmã, Emília às vezes quer virar Margarida. A última foi que ela começou a chupar os dedos (o indicador e o médio ao mesmo tempo, no mais perfeito estilo Margarida). E Emília nunca pegou dedo nem usou chupeta.

Outro dia foi o maior estresse porque o bebê conforto estava acoplado no carrinho e Emília queria ir nele. Quando está cansada e eu posso carregar Margarida, deixo Emília usar o carrinho numa boa, já que ela tem pouco mais de dois anos. Mas nessa situação não dava. E ela chorava, jogando a cabeça pra trás:

- Eu telo ir no bebê tonforto!! Telo ir no bebê tonforto!

Hoje de manhã, Rafael foi deixá-la na escola.

- Eu telo ir na tadeilinha da Marralida.
- Não dá, meu amor. É muito pequena pra você.
- Eu telo imitá a Marralida.

E colocou os dois dedos na boca.

Além desses, tem outros episódios. Por exemplo: ela andou fazendo uns xixis na cama desde que colocamos o umidificador no quarto. Então recolocamos a fralda noturna por uns dias (totalmente psicológica, porque não segura mais o xixi. Mas enfim.). Num desses dias ela fez xixi na fralda e ficou toda feliz:

- Fez xixi na falda! Idual à Marralida!

Ela também tem pedido pra andar muito mais no colo e, quando anda, às vezes pede que seguremos as duas mãos dela - igual bebês que estão começando a andar.

Não incentivamos as regressões, mas também não a repreendemos. Sei que esse processo é natural tanto da idade quanto da situação de ganhar um irmão. E tanto ela tem consciência dessa crise dos dois anos que gosta de falar:

- Emília é um pouto nenenzinha e um pouto mulhé!

Nas primeiras semanas:





E hoje:



18 comentários:

Lu disse...

Lia, acompanho quietinha seu blog, devo ter comentado pouco, pois leio no Reader.
Mas amo seus posts e amo a maneira tranquila e madura que você lida com tudo.
Sou sua fã!

A meu ver ela quer "imitar' devido a admiração que tem da irmã.
regressões existem mesmo, e seu papel de mãe, é amparar a Emília para que isso seja tão natural quanto está sendo.

A relação de amor entre elas é infinitamente maior que qualquer coisa!
Parabéns pela linda família!

Fabi Alvim disse...

Primeiramente: ô família bonita, viu?! Delícia ver essas fotos!!

Emília é de uma fofura que me encanta, sempre!

E, Lia, pelejei com a adaptação na vida de mãe de duas e em muito por conta dos ataques de Felícia da Júlia (que no caso tem uma diferença de idade bem maior, então era mais perigoso para a Joana, acho).

Aos poucos as coisas foram melhorando, Joana crescendo e demonstrando mais resistência e até gosto pelas brincadeiras às vezes "exageradas" da irmã. Mas é o que vc falou... faz parte da relação e passei a aceitar melhor por conta disso. Hj ela mesma impões os limites à Júlia... que às vezes respeita... às vezes... bem, é irmã.rs

Mas o mais gratificante de fazer filhoS com todo esse plural é poder conferir de camarote o amor em sua forma bruta. Joana olha para Júlia com uma admiração que não cabe naquele corpinho tão pequeno! É lindo de se ver! E quer fazer tudo igual o tempo todo (o que também traz alguns transtornos e gritos de indignação diante de negativas!).

Júlia expressa muito bem suas emoções verbalmente e muuuuuuuitas vezes já colocou do seu desejo de SER a Joana. Fala que Joana é mais bonitinha, mais amada, mais cuidada... aí eu entro com todo o discurso da diferença de fases e de momentos e de necessidades. Mostro fotos de quando ela "era" a Joana... e é fácil perceber que ela já "foi" pq Joana se parece MUITO com ela bebê.

PS: tem como não se impressionar com o tamanho de Margarida "nas primeiras semanas"? Obrigada pela legenda... rsrsrs

Beijos

Marina disse...

Um pouco neném e um pouco mulher é ótimo! Hahahahahhah
As fotos estão lindas! E Margarida tá uma gorducha deliciosa, me lembrou a Bia pequenina!
Acho bem oral mesmo essas regressões da Emília, e o jeito e tratar com naturalidade mesmo! Só delas se amarem tudo já vale a pena!
Bjs

Patrícia Boudakian disse...

que amor, Lia. não vejo a hora de ter mais um baby . acho tão importante essa relação. lembro tanto da minha infância. e cada vez mais tenho certeza de que não quero privar Alice dessa convivência, desse amor.

Alice também chupa o indicador e do meio desde os 3 ou 4 meses. até hoje, tem paixão pelos dedos. não larga de jeito nenhum (nem pretendo que largue por enquanto --> santo calmante. quando não estou por perto são os dedos que salvam!). Vejo Margarida toda trabalhada na "fofura". Gordiiiinha linda. Sabe que muita gente atrelava aos dedos o pouco ganho de peso de Alice e hoje vejo que não tem nada a ver. Taí Margarida para nos mostrar isso. E Alice comendo de tudo e engordando o mesmo de sempre!

Também penso como você, a regressão faz parte. Tampouco Emília é muito maior, ainda é uma bebezona. Temos que dar um desconto que logo passa e super faz parte do processo.

Grande beijo e parabéns pela linda família!

Roberta Lippi disse...

Lia, aqui aconteceu - e ainda acontece - a MESMA coisa. Mesmo a Luísa sendo mais velha que a Emília, ela também tem esses momentos de regressão. Um dia quer comer sentada no cadeirão, outro dia quis porque quis ficar de fraldas (que ela não usa desde os 2 anos, veja bem). Às vezes pega a chupeta da boneca e fica chupando e falando igual a bebê...
Mas eu deixo e não valorizo muito, assim passa rápido. Nenhuma dessas coisas por aqui durou muito tempo. Você está certíssima.
Beijos nessas lindas todas.

Júlia Cristina disse...

Sei bem como é.. Amanda e Alice são assim tb.. .uma louca pela outra, mas a mais velha tem esses momentos de regressões onde as vezes nao sei como lidar... mas tb resolvi deixar acontecer naturalmente... afinal uma menininha de quase 3 anos nao pode ser tratada como uma mocinha...
Bjos amiga
é bom saber que tudo que passo por aqui é normal.

Paloma Varón disse...

Que irmã mais velha nunca quis ser a caçula? Normalíssimo. Regressão, aliás, faz parte da infância (e da vida?0, em todas as fases, com o sem irmãos mais novos.
E as fotos estão lindas, morri de saudades!
Beijos

Dani Brito disse...

Lia, sua família é linda!!!

E como vc mesma falou: a relação de irmãos é feita disso. Afeto e disputa.

Aqui não houve ciúmes e quando Otto nasceu, a Bia se sentiu meio de escanteio e demonstrou por vários meios que não estava sendo legal dividir a atenção que sempre foi dela.

O nosso cuidado deve ser só de acolher e mostrar que há lugar para todos.

Beijo

disse...

Que lindas as duas pequenas! Adoro ler sobre o comportamentos dos irmãos, assim já vou me preparando pra quando encomendar o segundo filho. Beijo.

Tathyana disse...

Hum, sei, aí é assim é? Aqui tmb.

E suas meninas estão lindas demais, saudades de vcs!!!! Bjsss

Cíntia disse...

Lia, posso falar uma coisa? Você fica pequena perto da Margarida! hahahaaha... Que bebezão! Conforme você perguntou, acho sim - Margarida tem porte da Bia. Quando chegar 15 meses você não consegue mais carregar! As fotos estão lindas!

Beijo

Kelly Resende disse...

Um pouco nenem e um pouco mulher foi demais! Que fofura, gente! Acho que essas pequenas regressões são muito naturais, a Emília parece lidar muito bem com o fato de ter uma irmãzinha. E elas estão lindas!!!
Beijos

Anônimo disse...

Muito lindas, muito fofas!!!

Aproveito para convidá-la a participar de uma blogagem coletiva que estou propondo em meu blog em Homenagem ao Dia das mães.
Para saber mais sobre essa blogagem, dê uma passadinha lá no blog onde eu explico tudo direitinho!

Beijos!

Lívia.

Neda disse...

Que família mais linda! Se eu encontrar com a Margarida vou ter que me controlar para não fazer o mesmo que a Emilia fez. :)
As regressões são normais, aqui em casa temos a maneira do Guilherme e em outras casas isso também acontece. Tem um amigo do G que volta com a gente pra casa que desde que o irmão nasceu, já tem quase dois anos, ele fala feito bebe e sempre que estão juntos o Guilherme imita (odeio!) e já soube que outros colegas fazem o mesmo na escola já pensou 18 crianças de 5 -6 anos falando feito bebe? Emília está de parabéns!
BJS

Mamma Mini disse...

Lia querida, quanto tempo! Que legal ter notícias das suas lindas, e nossa como a Margarida tá gigante....rs Essa relação de irmãos é assim mesmo, o David é bem mais velho que a Emília e de vez em quando quer um colinho com denguinho igual neném... e eu deixo... outras coisas falo pra ele, pô David vc já tá muito grande pra isso não acha? e assim vamos levando... não tivemos grandes regressões por aqui ainda, inclusive contra tudo o que dizem meu marido tirou a fralda noturna do David quando eu estava na maternidade com o Beny, ou seja, cada família vai encontrando seu formato, mas acho muito legal a interação das crianças e acho que para os nossos pequenos os mais velhos serão sempre ídolos e modelo a seguir! um beijo gigante

Mariana - viciados em colo disse...

que coisas mais lindas estas duas! uma coisa é certa, o segundo é mais sortudo por ter alguém quase do seu tamanho para nunca estar sozinho.

outra coisa é certa: o mais velho vai dar uma regredidas. Alice tinha quase 5 quando Arthur nasceu: teve berço, banheira, sling, retorno a nossa cama e objeto de apego - só não teve chupeta, peito e fralda, pq não tinha a mínima condição...

eu sempre permiti que ela experimentasse as coisas de bebê, talvez para avivar a memória de uma outra vida (a do bebê que ela não era mais...)

beijoca

Anne disse...

Lindas lindas!
Aqui em casa estamos em meio a uma tormenta e horas eu acho que a fase dos dois anos veio com tudo e horas eu acho que Joaquim anda tendo dificuldades para elaborar Tomás. Ainda que seja uma relação de amor e sorrisos mútuos, essa regressão apareceu aqui tb, mas em forma de chororô e muuuito colo, o tempo todo. Peito nem se fala, tem dia que Joaquim mama mais que Tomas!
Olha, existem mais coisas entre um filho e outro do que sonha nossa vã filosofia! Elas estão umas gatinhas!
bjo

Maria Thereza Pinel disse...

E eu sempre quis ter uma irmã!! =D hehehehehe

Vendo essas regressões eu penso em meus irmãozinhos que as tiveram com a chegada da Lara. Mas foi bem pouco, afinal, eles perderam uma irmã exclusiva e não uma mãe exclusiva, e por outro lado, ganharam uma sobrinha que tem dado à eles experiências inéditas! E à toda família também!

Fofas as duas! Coisa mais linda de se ver é essa relação pura de irmãos!


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