Aula de Bike Indoors, também conhecida como spinning. Professor de bermudinha de ciclista, musculosão, blusa apertadinha, queixo pra frente, à lá garoto propaganda do Cepacol.
Professor diz: “Prepara pra soltar a perna!! Gira!! Vai, vai, vai, vai, vai, vai, vai!!” São 30 segundos pedalando a toda velocidade.
Mamãe visualiza a roupinha de atleta do professor se transformando em um conjunto verde folgadão, e uma máscara de hospital tampando o queixo. De repente, ele é uma enfermeira. E mamãe ouve: “Prepara pra empurrar! Comprido, comprido, comprido! Só mais essa! A cabeça já apareceu! Comprido, comprido, comprido! Manda oxigênio pro bebê!”
O professor diz: “Deu!”
Mamãe diminui o ritmo da pedalada e ouve: “Unhéeeeee!”
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Aula de Ball Ness, a coisa mais legal e torturante do universo. Uma amiga perguntou: “É alongamento, né?” Só se for alongamento da minha dor.
O professor manda você subir numa daquelas bolas de pilates e, vejam bem, se equilibrar em cima dela. Assim, sem nenhum apoio. E a idiota lá, dois minutos subindo na bola e caindo em seguida.
Depois tem os exercícios mais impossíveis da face da terra, tipo deitar de barriga pra cima, pernas pro alto, equilibrando a bola na sola dos pés, levantar o tronco, pegar a bola, fazer uma tesoura com as pernas, dar um nó nos cotovelos, jesuis!, nem lembro mais.
Aí eu entendi exatamente como a Emília se sente quando eu a coloco de bruços e ela tenta levantar a cabeça. E entendi a dificuldade dos bebês pra se equilibrarem sentados, engatinharem... né mole não, pessoal!
E vou continuar fazendo essa aula em solidariedade à Emília, seus músculos primitivos e sua cabeça com 30% do peso do corpo. Vou fingir que a bola é minha cabeça.
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E ontem, pela segunda vez, o Rafael me ligou no meio da aula em virtude de choro inconsolável de Emília. A pobre estava tão mal, a cara toda vermelha, os olhos inchados, ressaca total.
Enquanto mamava (eu toda suada, só deu tempo de passar uma água no peito), contraía a barriga, como se ainda soluçasse, e me olhava com uma cara terrível de “onde você estava?”. Aí eu com o coração em prantos, pensando, “minha filha me odeia”, quando ela me abre um sorriso. “Eu te perdoo, mamãe.”
Daí fui tomar banho e deixei o Rafael com ela. E a choradeira continuou. Saí do banho com a cabeça cheia de shampoo e tive uma ideia: “Traz ela pra cá”. Aí disse a ela: “Agora você vai ver mamãe tomar banho”. O Rafael ficou com ela do lado de fora do box, enquanto eu lá dentro cantava ensaboa mulata, ensaboa. E aí ela abriu a gargalhada. Sabe assim quando a pessoa acha alguma coisa muito ridícula e fica apontando e se abrindo? Tipo assim.
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Há 2 meses
13 comentários:
hahahahaha
Excelente
Lia, levá-la ao banheiro foi,s em dúvida, uma ótima ideia.
Quando a Ciça era do tamanho da Emília, ela adorava ficar no bebê-conforto ou no carrinho olhando o que a gente estava fazendo. Se estivéssemos na cozinha, ela ficava na porta e a gente só batendo-papo (com ela, é claro!). O mesmo no banheiro, ela gostava de acompanhar a movimentação da casa, não topava ficar de fora. Até hoje, aliás, eu tomo banho com ela no banheiro, quando estamos sozinhas em casa e ela fica carente. às vezes ela nem liga e vai brincar ou fazer as coisas dela, às vezes quer companhia e fica lá, conversando e observando.
Beijos
Amei a descrição da aula de spinning, rsss!
Parabéns, adoro seu blog, bjs.
Ai que delicia. Podem me chamar de egoista, mas adoro quando a Mariana só quer saber dea mim...
bjs
Lu
Que medo da aula da bola... huahuaha
kkkkkkkkkkkk
adorei !! também já pensei que em certos momentos terei que colocar a Natalinha para dentro do banheiro comigo...mas aí com as minhas neuras de mãe de primeira viagem (sendo que a viagem ainda nem começou oficialmente, já que ela só nasce em setembro), eu pensei: mas se ela ficar sufocada com o vapor do chuveiro ?? kkkkkkkkkk
Esse grude com a mãe é absolutamente necessário no início. Depois elas vão se libertando um pouco de nós. Aí sobra mais pros papais tadinhos.
eu fiz muito isso de levá-la comigo pro banheiro... punha ali no bebe conforto e ficava falando e cantando para ela. até hoje ela pede para sentar na privada para conversar
Adoro quando sou tão ridícula, mas tão ridícula que meu filho gargalha da minha cara. É sinal de que estou sendo uma boa mãe! hahaha Adorei a história! Beijos nas duas.
Spinning é quase uma droga, heim??? rs
Brincadeiras a parte, só estou conseguindo fazer caminhadas e sempre acompanhada da pequena. Sinto-me ostentando uma pancinha pós-parto... ai ai.
bj
Adorei o teu jeito bem-humorado de descrever a tortura de uma aula de spinnig!!! - E parabéns por continuar praticando, coisa que eu não consigo!!!
Prazer em conhecer!
Ingrid
Ah Lia... As aulas são boas vai!!! hehehehe... Especialmente a da bola. Com o tempo você se acostuma e logo vai querer comprar uma bola e fazer os exercícios com a Emília em casa! Matroginástica ainda existe???
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