terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dica de economia para gestantes - hidratante

Este não é um post publicitário. Aliás, nenhum aqui neste blog é. Mas eu preciso compartilhar com minhas coleguinhas grávidas que é possível evitar estrias na gravidez sem morrer 60 contos num frasco de 300ml de hidratante.

Já usei MaterSkin, Gestare, Natura, todos muito bons e muito caros. E não tive nenhuma estria na gravidez da Emília, salvo aquelas estrias ocultas que surgiram em partes não contempladas pela hidratação. Só que desta vez resolvi fazer um teste.

Por serem muito caros, só uso os hidratantes de grávida na barriga, nos seios e na bunda. Pro resto do corpo (pernas e braços, basicamente), uso qualquer um. Eis que estava num hipermercado e resolvi comprar um hidratante comum pras partes do meu corpitcho menos sujeitas a estrias. E vi um velho conhecido de guerra, aquele Nivea azul escuro que parece uma pasta, de tão viscoso, e que a gente demora horas de atividade física intensa pra conseguir espalhar. E li na embalagem: "Hidratação intensiva. Óleo de Amêndoas. Pele seca a extrasseca". Pensei: "É tu mesmo!"

Poucos dias depois, acabou meu MaterSkin. Com preguiça de comprar (e gastar) mais, comecei a usar o Nivea na pançola. Dia vai, dia vem, nada de coceira - sinal de ressecamento. E estou há semanas usando esse creme, e nada de estrias. Com 38 semanas de gestação, umidade do ar 10% e pelo menos 15kg a mais. "Ah, mas aposto que você não tem tendência genética pra ter estrias. Essa porcaria barata não segura qualquer uma". Pois tenho várias estrias da adolescência, na época em que eu não conhecia a importância da hidratação.

Só sei que descobri que estrias podem ser combatidas por muito menos do que imaginamos. Quem tiver coragem, recomendo: Nívea Milk Hidratação Intensiva, pele Seca a Extrasseca. Apenas DEZ REAIS (embalagem de 400ml) na farmácia ali do outro lado da rua.

Dá trabalho pra espalhar, mas ganhar dinheiro dá muito mais trabalho...



O que eu comprei não tem esses detalhes rosinhas, e tem uma marca de um tal Hydra QI 24h. Mas é mais ou menos isso aí.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Try a little tenderness

Há dois dias tenho outra Emília em casa. Pra resumir, vivemos todas as formas do que chamam por aí de birra: ela espalhou livros pelo quarto, arremessou toda sorte de objetos, cuspiu comida, atirou talheres pelo ar, se jogou no chão, chorou, berrou, puxou cabelos, tirou os óculos do pai, tentou me morder... Esses dias seguiram noites mal dormidas, então provavelmente o cansaço influiu na irritação. Mas certamente não foi só isso, porque ela já dormiu pior e não reagiu assim.

O interessante é que os episódios de rebelião não se davam só quando ela era contrariada. Estamos lá nós duas lendo um livrinho, felizes e alegres, quando ela se levanta, atira o livro no chão e olha pra mim com aquela cara: “Você não vai brigar comigo?”. Diante da minha não-reação, ela pega outro livro da estante e repete o gesto. Limito-me a perguntar: “Emilinha, está tudo bem? Por que você está jogando os livros?” Ela continua. Levanto. “Meu amor, vamos guardar os livrinhos?”. Ela foge gritando. Tento conversar, ela me rejeita, não quer que eu a toque. Então eu deixo que ela se acalme e vou guardar os livros. Ela se joga no chão, chorando.

Mais uma vez espero que ela se acalme, até aceitar minha presença. Ela aceita o colo, eu converso com ela. Pergunto se tem alguma coisa errada, se está tudo bem na escolinha. E pergunto se ela está chateada por causa do neném. “Neném!”, ela diz, e corre pra pegar o Chiquinho (boneco). Ela abraça o Chiquinho, beija, pega o berço, coloca o Chiquinho pra dormir. Tudo na mais perfeita paz. Então, do nada, ela joga o Chiquinho no chão. Já antevendo todo o fuzuê dos livros novamente, e percebendo que ela vai arremessar também o berço (que é de madeira, pesado), recolho rapidamente os brinquedos e coloco tudo fora do alcance dela. “Não, não!!”, ela protesta. “Mamão. Você quer mamão? Está com fome?” Como o mamão é a nova banana, ela aceita. Começa comendo linda, sossego. Daí cospe o mamão e joga na mesa. Vejo a mão balançando pra atirar a colher a metros de distância. Imediatamente o prato, a colher, o mamão, tudo some da frente dela. Sem tempo pra maiores estresses.

Decido que ela PRECISA dormir (proposta que, aliás, já havia feito várias vezes). “Meu amor, vamos passear lá embaixo. Você está muito nervosa”. Mais nãos, lágrimas, e eu a amarro no carrinho. Ela vai berrando até o elevador chegar ao térreo. Quando vê a rua, ela se acalma. Passeamos e em uns 20 minutos ela dorme.

Ela dormiu umas 2h – surpreendente pra quem já tinha cochilado na creche. Mas acordou igualmente indisposta. Me chamou, mas não queria sair da cama, não queria que eu encostasse nela, mas não queria que eu saísse de perto. Lá fiquei, ao lado dela, esperando. Esperei uns 20 minutos ou mais, só observando. Chorei um pouco, sentimentalismos de grávida. Eu sabia que ela estava sofrendo. Cantei algumas músicas, ela aceitou, sem pedir que eu me calasse. Foi se acalmando, e depois foi jantar numa boa. O pai chegou e ela já estava bem mais tranquila.

Nesses dois dias, que foram os mais difíceis em termos de comportamento que já tivemos até hoje, eu poderia ter surtado. Poderia ter reclamado, brigado, gritado, me desesperado. Poderia ter ficado exausta. Mas não fiquei. Dizem que a virtude mais necessária pra criar filhos é a paciência. Pois em vez de paciência, eu diria que é preciso ter calma. Porque a paciência pressupõe a necessidade de auto-controle; ela dá a ideia de que você está simplesmente se segurando para não explodir. Já na calma, não há nenhuma bomba com pavio aceso. A gente não sofre. A gente espera, a gente aceita, a gente busca compreender. E nossa resposta física é totalmente diferente.

Diante dessa nova situação, tratei Emília como eu gostaria de ser tratada no lugar dela – considerando sua maturidade e sua situação emocional. Meu objetivo número um ao interferir numa “birra” (não gosto de chamar assim) não é ensiná-la a não fazer mais isso. Não é eliminar o sintoma. Meu primeiro objetivo é criar um cenário favorável para que a irritação passe e, em seguida, compreender por que ela se comportou daquela forma. Nem sempre vou entender todas as razões, mas não posso deixar passar essas oportunidades de me comunicar com minha filha. Se é justamente aí que ela está tentando me dizer algo...

Ela já está bem melhor. Hoje o dia foi muito agradável. Ela aceitou todas as negativas que eu tinha de dar a ela (por exemplo, trocar o garfo dela – de sobremesa – com o meu – de adulto; comer iogurte depois do feijão) e também o que ela não queria fazer (parar de brincar para trocar a fralda ou tomar banho). Claro que ela reclama um pouco, mas depois segue numa boa.

Alguém poderia dizer que estou criando uma marginal, sem disciplina. Pois eu acho que não. Ela sabe muito bem o que a mamãe aprova e o que a mamãe desaprova. E sei que ela nos ama, com o amor primitivo e inocente dela, e sempre procura nos agradar. Mas ela é um ser humano, com angústias, medos e frustrações. E ela não sabe dizer: “Mamãe, preciso falar com você. Senti que esse neném está chegando, e estou com medo de ficar sozinha. Estou muito feliz, vai ser muito legar ter alguém pra brincar. Mas eu gosto muito de você e do papai e me disseram que vocês vão ter menos tempo pra mim. É verdade que eu vou ser deixada de lado?”.

E em vez de bater de frente com a birra, eu a abraço como uma oportunidade de entender melhor minha filha. Optei por não brigar. Decidi que minha casa não será um campo de batalha. E que a paz reine neste lar.

+++

Ela pode estar abatida
Meninas ficam abatidas

(...)
Mas quando ela ficar abatida
Tente um pouco de ternura.

Você sabe que ela está esperando
Ansiando
Por aquilo que ela nunca vai ter
Mas enquanto ela está ali, esperando,
Tente um pouco de ternura.

É tudo o que você precisa fazer.
Não é só sentimental
Mas ela tem seus sofrimentos e preocupações
Mas palavras suaves, ditas com delicadeza
Fazem mais fácil suportar

(…)

Você deve abraçá-la
Apertá-la
Nunca deixá-la
Agora, vá até ela,
Tente um pouco de ternura.

(Try a little tenderness, Otis Redding. Tradução livre minha).

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Soluções para a incontinência urinária noturna

Levantar várias vezes à noite para fazer xixi é situação velha conhecida de toda grávida. Só que no final da gestação o problema se agrava. Primeiro, porque sua bexiga praticamente inexiste, esmagada entre tantos órgãos vitais. Chego a acreditar que nessa fase o xixi vai direto dos rins pra uretra, sem local pra armazenamento. Depois, porque a super-grávida é um ser pesado, muito pesado, e levantar exige manobras, gritos de dor no púbis, gritos de dor no cóccix.

Cada madrugada em que acordo com a bexiga (?) cheia, penso numa solução para o problema, das mais simples às mais mirabolantes:

1) Fraldão geriátrico. Me inspirei na minha filha, que dorme tranquilamente a noite toda e manda ver ali mesmo. Ói que prático.

2) Um cateter na uretra. Às vezes, quando a pontada na bexiga me acorda, eu penso: "aaai por que não uma mangueirinha que levasse meu xixi direto pra um peniquinho ao lado da cama?"

3) Mudança de habitat. Penso que toda grávida, no último mês, deveria morar dentro d'água. Nada de dores nas costas, nada de peso. E sendo água corrente, renovada, pensem na facilidade de fazer xixi.



Quem me dera ser uma peixa... (percebam o rabinho atrás da nadadeira inferior. Parece um cocozinho, não?)

4) Uma grua, um guindaste ou qualquer aparato do gênero pronto para nos içar até o sanitário. E depois nos transportar de novo pra cama.





Sim, quase uma baleia. Encalhei, gente. Só levanto pra fazer xixi (e olhe lá... cada dia pensando mais nos fraldões).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Procura-se uma boneca

Mães (e pais) de meninas, preciso da ajuda de vocês.

Emília vai ganhar um(a) irmãozinho(a) muito extravagante e generoso, que vai enchê-la de presentes com a sua chegada. Já comprei um carrinho de boneca de madeira que é o cúmulo da lindeza. Agora precisamos de um bebê pra colocar dentro.

Ocorre que estou em estado gravídico altamente avançado e não tenho condições de ficar de loja em loja procurando algo que me agrade. Por isso estou fazendo uma busca prévia na internet, pra já ter noção do que esperar.

Reparei que 99% das bonecas falam, riem, dão tchau, sugam mamadeira ou fazem qualquer uma dessas coisas automáticas. Certamente por isso também são bem carinhas.

Eu queria um bebê caladinho, só mesmo a boneca. Estava procurando uma que tivesse o corpinho macio e a cabeça e os membros em borracha, não em plástico. E de preferência que não seja muito enorme, pra caber no carrinho e pra Emília conseguir segurar sem problemas (ela está com 1 ano e 7 meses).

Alguém me indica marcas e modelos?

Gradicida.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Nem só de gente sem noção vive este mundo...

Nós, mães blogueiras, adoramos reclamar dos comentários e palpites sem noção que ouvimos durante a gestação e ad eternum na nossa vida de mãe. Eu inclusa, vide post mal(bem?)-humorado de ontem.

Só que às vezes a gente esquece de mencionar as gentes boas desta vida, que passam por nós e deixam poucas palavras que fazem o nosso dia. Por isso resolvi registrar algumas delas, ditas por desconhecidas, que me fizeram sorrir:

- Esse aí vai nascer rapidinho! - de uma passante, enquanto eu caminhava pela rua (na época em que eu ainda caminhava, não me arrastava).

- Vocês estão bem? - idem (já na fase de me arrastar).

- Você está linda! - de uma moça no restaurante.

- Sua barriga está linda! - de outra gestante, na aula de ioga, quando eu levantei a blusa pra fazer ventilação barrigal.

- Olha que gravidona! - de uma passante pra outra, enquanto eu caminhava (me arrastava?) pela rua.

Tá vendo?, o mundo está aí, cheio de gente boníssima. O negócio é que a gente sempre deixa os sem-noção nos afetarem mais. Minha homenagem aos portadores de palavras agradáveis!

domingo, 14 de agosto de 2011

Sobre barrigas e pintos

Vocês sabiam que:

- se uma grávida comer demais no fim da gestação, o estômago, inchado com tanta comida, pode pressionar o útero a ponto de provocar um parto prematuro?

- se a gestante dormir com os pés virados para o poente o bebê tem mais chance de ficar pélvico?

- se a línea negra não aparecer até o 7º mês de gestação é porque o bebê vai nascer com pouco cabelo?

- se a grávida tiver desejos de comer comidas frias e quentes ao mesmo tempo (tipo petit gateau com sorvete) é porque a cabeça do bebê é grande?

- se a grávida tiver desejos de comer comidas salgadas e doces ao mesmo tempo (tipo carnes com molhos de fruta) é porque o pé do bebê é grande?

- Se você não enjoar no 1º trimestre, é porque seu bebê vai nascer na lua cheia.

Se vocês não sabiam de nada disso, é porque acabei de inventar. As asneiras podem até ser mais criativas, mas não são mais absurdas do que clássicos como: “Sua barriga está pontuda: é menino!”.

Tipo, o pinto do menino pressiona o umbigo pra frente, é? Haja pinto, hem?

Não sei o sexo do meu bebê e ficarei radiante com pintinho ou sem pintinho. Agora, se o público externo prefere que eu tenha um menino (“pra fazer um casalzinho”), fiquem na torcida. Mas, pelamordedeus, não me venham com esse papo de barriga pontuda, ok?

Modéstia à parte, meus filhos me fazem lindas barrigas. Com o formato moldado pela posição do bebê, e não por uma genitália.

+++

P.S.: Pra notícia não ficar velha: o papai da Emília saiu na Revista do Correio Braziliense. Matéria com alguns erros, como não poderia deixar de ser, mas com uma linda foto do “casal grávido”. Leiam aqui.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O limão e a melancia

Sabe aquela asneira que tanto ouvimos sobre a dificuldade de se passar "uma melancia por um buraco onde só passa um limão"? Isso seria um parto, segundo nossa cultura parto-fóbica.

Mas, principalmente para as grávidas de primeira viagem, se querem um parto natural mas têm medo, sugiro dois exercícios:

1) Lembre-se de que o maior diâmetro de uma melancia é o meio dela - diferente do seu bebê, que não é uma bola, mas uma pessoinha encolhida que se estirará para nascer. O maior diâmetro de um bebê costuma ser o da cabeça - que, além de ser beeeem menor que uma melancia, ainda é maleável para adaptar-se à pelve e ao canal de parto.

2) Observe suas intimidades no espelho. Sério. Pra uma melhor visão, sugiro sentar sobre uma bola de pilates, diante de um espelho de porta ou de parede. Vocês ficarão estarrecidas com o tamanho daquele buraco "por onde só passa um limão". Gente, sem esticar nada, dá pra passar pelo menos um limão siciliano. E dos bons. Fé na passagem, minha gente!

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Esqueci de especificar, não sei se ficou claro: a portinha de saída do bebê fica gigante durante a gestação. A vagina cresce horrores, assim como um tal órgão masculino que tem a capacidade de aumentar de tamanho. Como eu já ouvi de uma parteira, contando sobre a própria experiência de ver suas partes no espelho enquanto grávida: "Isso não me pertence!".

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Emília lendo (era pra ser Emília cantando)


No meio da música, logo depois de "bêsh" (bichinho) ela vê pela janela o letreiro de uma escola de inglês. Começa a soletrar e é novamente distraída pelas letras impressas na máquina fotográfica. Se a gente não lê pra ela, é tudo T, O, T, O...

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